5 de mai. de 2012

Meditação em sala de aula ajuda na redução da ansiedade e dos índices de violência em escola.

Meditação em sala de aula ajuda na redução da ansiedade e dos índices de violência em escola Fernando Gomes/Agencia RBS


Foto: Fernando Gomes / Agencia RBS


Projeto realizado na Escola Estadual Hiroshima, em Eldorado do Sul, avalia melhora comportamental em crianças

Um projeto realizado na Escola Estadual Hiroshima, em Eldorado do Sul, dedicado a ensinar a prática da meditação para crianças em idade escolar, vem reduzindo a ansiedade e transformando o comportamento dos estudantes.

Esse é trabalho que a médica psiquiatra Anmal Arora desenvolve há pouco mais de dois anos pelo projeto Meditação pela Paz, como parte das ações da ONG Mente Viva. Com cerca de 15 minutos diários de concentração e entoação de mantras, as crianças ficam mais tranquilas, afetuosas e apresentam melhoras cognitivas e comportamentais. A constatação é da diretora da escola, Eliana Salazar.

— Depois que as sessões de meditação iniciaram, até as brincadeiras na hora do intervalo tornaram-se diferentes. O futebol do recreio nunca mais foi o mesmo— afirma a diretora, ao explicar que com os níveis de ansiedade reduzidos, os alunos estão brigando menos.

O trabalho desenvolvido no Brasil é uma adaptação de um projeto trazido dos Estados Unidos, em cidades com alta criminalidade. Segundo Anmal, um estudo feito em Washington acompanhou o projeto aplicado em oito mil crianças, durante oito semanas e verificou 25% de redução da violência.

Nascida na Índia, Anmal traz de casa o gosto pela técnica de relaxamento oriental. Foi seu pai, o físico quântico Harbans Lal Arora, quem trouxe o projeto para o Brasil. Formada em Medicina e especializada em Psiquiatria, a indiana utiliza técnicas de autoconhecimento e ioga. Nas escolas, destaca a importância de capacitar os educadores.

— Ensinamos os professores a trabalhar a meditação em sala de aula, pois são eles quem estão presentes no dia a dia da escola. Se o professor está mais tranquilo, confiante, otimista, ele reclama menos e faz mais, ele também vai levar isso para sua turma— afirma Anmol.

O trabalho voluntário terá seus efeitos medidos pela pesquisadora em neuropsicologia Rochele Paz Fonseca, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). O estudo deve ficar pronto até o final do ano.

A prática também poderá ser conhecida durante a próxima edição do TEDx Laçador, que acontece no sábado, em Viamão, na Quinta da Estância Grande. O evento apresenta ideias inovadoras em palestras de 18 minutos e segue um modelo padrão, reproduzido em diversos locais do mundo. Assim como Anmol, outros profissionais terão a oportunidade de relatar as suas experiências.



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