16 de jan. de 2012

Porque fazer Yoga?

15 de jan. de 2012

Os Valores do Yoga Por: Pedro Kupfer





Há muitos anos já vivo fascinado por uma lista de valores que Krishna ensina para Arjuna naquele diálogo essencial sobre Yoga que é aBhagavadgītā. Essa parte da instrução sobre como aplicar o Yoga na vida através das atitudes ocupa as estrofes sete a 11 do capítulo XIII desse importante texto. Cultivar valores no cotidiano é essencial para se ter uma vida tranquila e feliz.


Quando ouvimos a palavra valor, vêm a nossa mente algo relevante ou fundamental. Segundo o Dicionário de Filosofia de Gérard Legrand, um valor é uma “noção que traduz a passagem do desejo para o conjunto doutrinário e prático que constitui uma moral: toda moral está fundada (explicitamente ou não) num conjunto de valores que são também abstrações representando o que se em por desejável. Todo homem é portador de uma “escala de valores”, a maioria das vezes inconsciente, que comanda intuitivamente a sua ação na medida em que esta se prolonga para além da necessidade. Também é de notar que o desaparecimento de um valor (por exemplo, quando se descobre que está ultrapassado ou é prejudicial, como o patriotismo perante os riscos de um conflito mundial) supõe a procura (e geralmente a descoberta) de “valores novos”.”


Porém, para além da escala de valores subjetivos que cada um de nós possa ter, e para além daqueles que nascem e morrem, há uma série de valores que não muda nunca, que são atemporais. Aqueles valores pessoais, que vão mudando de acordo com o tempo ou a circunstância, podem ser chamados de moral. Os que não mudam, chamaremos aqui de ética. Em sânscrito,dharma.


Os valores que Kṛṣṇa ensina para o príncipe guerreiro à beira do campo de batalha, que aliás, serve de pano de fundo para o ensinamento daBhagavadgītā, são desse último tipo: perenes, no sentido que não envelhecem nem passam de moda (o não deveriam passar), e universais, no sentido de que valem para todas as pessoas e em todas as circunstâncias.


A palavra valor se diz jñana em sânscrito. O amigo leitor certamente já conhece a outra acepção desta palavra: jñana também significa conhecimento. Swāmi Dayānanda escreveu um livro notável, chamado O Valor dos Valores, que explica detalhadamente, estes vinte valores fundamentais cultivados pelo sábio. Deixo aqui um breve resumo desses valores, desde já pedindo desculpas pela brevidade das explanações, já que o assunto é profundo e extenso. Fica aqui a descrição dos primeiros dez valores.




1. Amanitvam, ausência de vaidade, ausência de arrogância ou de necessidade de elogio.


Amanitvam significa ausência de vaidade ou ausência da necessidade de ser elogiado. Muitas vezes, amanitvam é traduzido como humildade, mas é muito mais do que cultivar essa virtude. Poderíamos definir amanitvamcomo ausência de necessidade de reconhecimento por parte dos demais. Muitas vezes, identificados com os frutos das ações que fizemos, exigimos um grau de respeito e reconhecimento que nem sempre coincide com o tratamento que recebemos por parte dos demais. Quem conhece o valor e o mérito das suas próprias capacidades, não tem necessidade de ser elogiado pelos demais.






2. Adambhitvam, ausência de pretensão.


Adambhitvam é um estado de equilíbro emocional e mental no qual a pessoa se aceita como ela é e não busca mostrar algo que não é. Enquantomanitvam é uma expectativa baseada em conquistas ou habilidades reais,dambhitvam se apoia em méritos falsos ou imaginários. Quando faço de conta que sei coisas que ignoro, quando alego ter tido experiências que não tive, incho meu currículo com mentiras ou tento mostrar capacidades que não são minhas, faço isso pois acho que assim, irei impressionar os demais. O problema é que isso cria uma tensão insuportável dentro de mim. Deixar de posar ou fingir é uma virtude, no sentido que me livro dessa tensão e fico naturalmente mais tranquilo.






3. Ahimsa, não-violência.


A paz é o antídoto contra a violência e uma condição essencial para a vida feliz. Lutamos continuamente para conquistar objetivos mas esquecemos que se não tivermos paz para desfrutarmos daquilo que realizamos, não haverá felicidade possível. A violência é um dos mecanismos que nos mantêm afastados de nossa natureza, que é plenitude e felicidade. Ahimsaconsiste em cultivar a não-violência em palavras, pensamentos e atitudes. Esta prática é uma condição fundamental para que o de fato possamos viver a vida de Yoga. Sem uma prática sólida de não-violência não há crescimento emocional. Existem duas dimensões na prática da não-violência: a pessoal e a social. A primeira tem a ver com a maneira em que cada um se relaciona consigo próprio. A segunda tem a ver com a maneira em que vivemos a vida em sociedade, com nossa familia, nossos amigos, vizinhos ou colegas de trabalho. Essa segunda dimensão depende diretamente da primeira.






4. Kshanti, pacífica adaptabilidade.


A palavra kshanti designa uma atitude positiva que fica bem distante da resignação sófrega. Uma boa maneira de traduzir este termo seria “capacidade de se adaptar”. A esse respeito, diz Swāmi Dāyananda: “A atitude de kshanti significa que eu, alegremente, calmamente, aceito aquele comportamento e aquelas situações que não posso mudar. Desisto da expectativa ou exigência pela mudança de outra pessoa ou situação, de forma a se moldar ao que penso ser agradável para mim. Eu me acomodo às situações e às outras pessoas alegremente”.






5. Arjavam, retidão.


A palavra arjavam deriva da raíz rju, que significa flecha. Rjubhava é o sentimento de retidão, no qual existe alinhamento entre o pensamento e a palavra, ou entre a palavra e a ação. Retidão é uma das formas de satya, a veracidade. Consiste em fazer coincidir intenções, palavras e ações, bem como em ser fiel aos próprios valores. Quando essa retidão está ausente, penso uma coisa, digo outra e acabo fazendo outra diferente. Assim, a minha vida fica fragmentada, sem rumo nem prumo. Evitar este tipo de desconexão me torna uma pessoa tranquila e digna da confiança dos demais.






6. Acharyopasanam, dedicação ao professor.


No contexto cultural em que estes valores são transmitidos, o professor representa o próprio autoconhecimento. Na antiga cultura védica, o professor é chamado acharya ou guru. Acharyopasanam significa literalmente “meditação sobre o professor”. Através dessa prática contemplativa, que se estende a uma atitude reflexiva e atenta às coisas do mundo, o estudante se identifica com as virtudes daquele que lhe ensina. Enquanto professor de autoconhecimento, o acharya transcende os limites da sua individualidade, no sentido que, enquanto ensina, ele representa a própria tradição. Assim, servir o acharya se colocar a serviço do próprio conhecimento.






7. Shauchan, purificação.


Para a purificação também existem dois aspectos: o externo e o interno. O primeiro consiste em cultivar hábitos de higiene que vão bastante além da ideia de mente sã em corpo são daquele ditado latino. No Yoga, cultivamos a purificação do corpo físico observando não apenas os aspectos exteriores da higiene, mas igualmente a limpeza do interior do corpo, que é feita através do shatkarma. O shatkarma é parte integrante do Hatha Yoga e inclui lavagens periódicas dos tratos digestivo e intestinal, bem como a massagem das gengivas, a purificacao da garganta e as vias respiratórias, e outros. Esse processo se denomina bahyashauchan, ou limpeza exterior. No aspecto interno, referente ao psiquismo, shauchan consiste em cultivar, da mesma maneira, atitudes e pensamentos elevados, evitando que a mente derive para o derrotismo o que se centre excessivamente em pensamentos negativos. Isso é chamado antarashauchan, limpeza interior.






8. Sthairyam, firmeza de propósito.


Shairyam é um termo que significa estabilidade, firmeza. Se refere a ser capaz de manter o foco no momento presente e no estado de tranquilidade. A calma firmeza no objetivo que me proponho a realizar chama-sesthairyam. No contexto em que este valor é passado para Arjuna, Krishna usa este termo para se referir à capacidade de manter o foco no objetivo do Yoga, que é mokṣa, a liberdade e no processo que nos conduz a ela, o autoconhecimento. Dessa maneira, evitamos a dispersão e nossa vida ganha em significado e tranquilidade.






9. Ātma-vinigraha, comando sobre o pensamento.


A palavra Ātma se refere à autorreferência, ao lugar onde colocamos o foco. Neste contexto, ela indica a mente. Vinigraha, por sua vez, significa comando. Concretamente, atmavinigraha designa a possibilidade de manter um comando sobre o pensamento, de maneira a evitar que a mente vagueie, se distraia e tire o foco daquilo que estamos fazendo. É mais uma capacidade de se manter concentrado a cada momento, do que uma atitude repressiva ou uma obsessão em controlar aquilo que se pensa. Dessa maneira, ao adquirirmos a capacidade de escolher conscientemente aquilo que pensamos, nosso agir torna-se naturalmente consciente.






10. Indriyartheśu vairāgyam, desapego em relação aos objetos dos sentidos.


A palavra indriyartheshu se refere àquilo que está vinculado aos órgãos sensoriais, (indriyas). Vairagya significa desapego. A atitude do desapego consiste em olhar para objetos, pessoas e relacionamentos, reconhecendo objetivamente os seus valores e evitando projetar neles algo que não lhes seja intrínseco. Desapegar-se não é fugir de pessoas ou objetos mas relacionar corretamente com eles, reconhecendo a mim mesmo como plenitude e deixando de olhar para eles como a solução para minhas carências.Indriyartheśu vairāgyam também é ser livre do sofrimento associado às vontades, caprichos ou aversões do ego.






11. Anahaṅkāra, ausência de identificação com as coisas do ego.


Ahaṅkāra significa “eu-fazedor” em sânscrito, e é a palavra usada no Yoga para se referir ao ego. O ego é uma espécie de interface que nos ajuda a viver estabelecendo referências entre as coisas exteriores e a nossa individualidade. Basicamente, ele é uma lista de gostos e aversões através da qual nos relacionamos com os demais e com o mundo que nos rodeia. Anahaṅkāra é a capacidade de perceber o ego como ele é, sem achar que começamos e/ou terminamos nele. Noutras palavras, poderíamos definir anahaṅkāra como “não-egoísmo”. Cultivar esse valor nos permite viver tranquilamente, já que passamos a olhar para nós mesmos, não como uma lista de desejos que precisam ser preenchidos ou coisas que devem ser evitadas, mas como a paz que observa esses desejos e aversões.






12. Janma-mṛtyu-jara-vyādhi-duḥkha-dośa-anudarśanam, reflexão sobre as limitações do nascimento, a morte, a velhice, a doença e a dor.


Esta longuíssima palavra é um composto que denota uma atitude absolutamente objetiva em relação à vida. O primeiro termo deste composto é janma, nascimento. O segundo, mṛtyu, morte. As outras palavras intermediárias definem tudo aquilo com que nos deparamos entre o nascimento e a morte: velhice, doença, sofrimento e limitação (respectivamente, jara, vyādhi, duḥkha e dośa). A última parte do composto,anudarśanam, significa “ver repetidas vezes”. Portanto, o termo se refere ao fato de que, se não fizermos algo para sair desse circuito, ficaremos ad eternum indo de nascimento a morte, de morte a nascimento, de nascimento a morte... Se o que há no meio fosse somente prazeroso, poderíamos até achar que não precisariamos fazer nada para mudar. Porém, sabemos o que nos espera entre o início e o fim de cada vida: doença, sofrimento (físico, emocional e/ou mental), limitação e velhice que, por sua vez, nos levam para mais uma morte. O objetivo de cultivar esse valor não é negativo. Pelo contrário, ele existe para nos ajudar a ver e aceitar a vida como ela é, com a maior equanimidade. Se fizermos isso, evitaremos a armadilha de achar que a vida é injusta ou cruel conosco, e as indesejáveis companheiras de viagem que vem junto com essa atitude: a lamúria e a autovitimização. Por sua vez, evitar este tipo de arapuca emocional nos permite aproveitar melhor e mais calmamente o tempo de vida que nos é dado.






13. Aśakti, ausência de apego à ideia de posse.


Śakti significa poder, energia, mas igualmente quer dizer “segurar firmemente”. Aśakti é o contrário de segurar: é abrir mão, relaxar. Se o décimo valor, indriyarteśu vairāgyam, estava centrado no desapego aos objetos dos sentidos, este presente valor, aśakti, tem como objetivo cultivar uma “suavização” do senso de posse ou propriedade que possamos ter em relação a algum desses objetos sensoriais. E, quando dizemos objetos sensoriais nos referimos não apenas a coisas materiais, mas igualmente a pessoas e relacionamentos. Aśakti, então, é nos tornar cientes de que não somos donos de nada nem de ninguém. A própria ideia da possessão não resiste a uma análise objetiva: é bom lembrar que a terra e tudo o que ela sustenta já estava aí antes do nosso nascimento e que, como diz o ditado espanhol, “a mortalha não tem bolsos”. Ou seja, nada levaremos daqui na hora da morte. Portanto, aśakti.






14. Anabiśvaṅgaḥ putra-dara-gṛha-adiśu, equanimidade afetiva.


Abiśvasaṅgaḥ aponta para uma relação de intensa emotividade e apego, como o que podemos nutrir pelos nossos filhos, nosso cônjuge, nossa casa ou as coisas e pessoas muito queridas (respectivamente, em sânscrito: putra,dara, gṛha e adi). Resumindo, um afeição viscosa e excessiva. A forma negativa dessa expressão é anabiśvasaṅgaḥ. Isto, evidentemente, não significa que não devemos cuidar daqueles que amamos, mas evitar projetar nessas pessoas (ou no lar), nossas carências e inseguranças. Anabiśvasaṅgaḥassim, aponta para uma atitude de extremo cuidado e compaixão em relação às pessoas e coisas, mas que é ao mesmo tempo desapegada e objetiva.






15. Nityam samachittatvam iśtaniṣṭopapattiṣu, equanimidade constante.


Samachittatvam quer dizer receber com a mesma equanimidade tanto o quanto o que não se aprecia. Sama significa equilíbrio, chittatvam designa os estados de espírito. Iśtaniṣṭopapattiṣu é um termo que se usa para designar o conjunto das coisas desejáveis e indesejáveis. Nityam quer dizer sempre. O estado constante de estabilidade mental e emocional é o segredo do Karma Yoga. Noutra passagem da Bhagavadgītā, Kṛṣṇa vai definir o estado de Yoga como chittatvam, equanimidade. Aqui, Nityam samachittatvam iśtaniṣṭopapattiṣu é apresentado como um valor que nos ajuda a compreender e manter nesse estado de equilíbrio, quaisquer que sejam as circunstâncias exteriores.






16. Mayi cha ananya-yogena bhaktih avyabicharini, devoção inabalável.


Mayi cha ananya-yogena bhaktih avyabicharini. Temos aqui uma frase longa para uma ideia simples e breve: ela aponta para a confiança e a devoção inquebrantáveis. Essa confiança e devoção são dirigidas a Īśvara, que é o Ser manifestado ao mesmo tempo com criador e criação, como todas as formas e nomes existentes. Essa não-separação, ananya-yoga, pode ser interpretada de duas maneiras: primeiramente, compreendo que o Todo, Īśvara, não está separado de mim, indivíduo, e que eu nunca estive nem estou longe de Īśvara. Em segundo lugar, podemos olhar para Īśvara como um refúgio: Īśvara é a minha segurança, minha inspiração, meu abrigo. Dessa confiança nasce a mente preparada para perceber a não-dualidade.






17. Vivikta-deśa sevitvam, apreço por um lugar tranquilo.


Vivikta designa um lugar solitário. Desde sempre, os yogis buscaram lugares tranquilos para viver. Até mesmo quando moramos em grandes cidades, sentimos a necessidade de sair oportunamente para passar um período em algum lugar isolado. Quando fazemos isso, voltamos depois para o meio urbano totalmente renovados. O valor pelo lugar tranquilo não é um fim em si mesmo, já que podemos perfeitamente ter um ataque de nervos numa ilha paradisíaca ou no lugar mais lindo do planeta. O apreço pelo lugar solitário vale pelo tipo de moldura mental que ele produz: o pensamento tende a ficar mais harmonioso, as emoções mais calmas e a mente mais predisposta para refletir e compreender a verdade sobre si mesmo.






18. Aratiḥ janasamsadi, apreço pela solitude.


Solitude não é solidão. Solidão é uma palavra que muitas vezes aparece associada ao sofrimento que surge quando alguém busca ardentemente uma companhia, sem encontrá-la. Portanto, a um isolamento imposto pelas circunstâncias ou à incapacidade de estar bem consigo próprio. A solitude, por outro lado, é um estado de recolhimento voluntário, no qual a pessoa percebe ser boa companhia para si mesma, pois está em paz. Assim, embora não fuja da companhia de outrem, o yogi tampouco busca compulsivamente se relacionar, pois não precisa preencher carências e nenhum tipo. Aratiḥ janasamsadi, literalmente, significa “ausência de grande desejo por companhia”. Por outro lado, essa disposição para a solitude não aponta para algum tipo de desprezo ou ódio pela companhia dos demais. O yogi convive pacificamente com seus pares, mas não busca nesse convívio a razão da sua existência, e muito menos, a própria felicidade.






19. Tattva-jñāna-artha-darśanam, foco e clareza na verdade.


Talvez este e o próximo sejam os dois valores mais importantes do código que Kṛṣṇa ensina para Arjuna. Tattva quer dizer verdade, e designa a Realidade que dá origem às coisas: Brahman, o Ser. Jñāna, é conhecimento.Artha é um propósito ou meta. Darśanam, a visão. Este composto, portanto, pode ser definido como o propósito de manter o foco sobre o conhecimento da verdade. Tattva-jñāna, o conhecimento dessa Realidade, implica reconhecer que não somos diferentes nem estamos separados dela. Esse reconhecimento é mokṣa, a libertação. Noutras palavras, tattva-jñāna-artha-darśanam é não perder de vista o autoconhecimento como meta prioritária, de maneira que os outros objetivos menores que possamos ter ao longo da caminhada não nos desviem da prioridade essencial.






20. Adhyātma-jñāna nityatvaṁ, disposição contínua para o autoconhecimento.


Infelizmente, a iluminação não chega sozinha se decidirmos sentar embaixo de uma árvore para esperar que ela aconteça. Se assim fosse, seria simples e fácil. Meditar pode ajudar a pessoa a refletir sobre as misérias do mundo ou sobre seus próprios problemas, no melhor dos casos. Acontece que a iluminação não surge do nada. Para termos iluminação, é necessário um meio de conhecimento adequado. Esse meio de conhecimento é chamado Brahmavidyā, ou autoconhecimento. Adhyātma-jñāna nityatvaṁ é o valor que nos ajuda a lidar adequadamente com esse meio de conhecimento peculiar que é Brahmavidyā. Adhyātma indica aquilo que é centrado em Ātma, no Ser. Jñāna é conhecimento. Nityatvaṁ indica um estado de espírito constante, que não oscila. Assim, adhyātma-jñāna nityatvaṁsignifica nos manter constantemente atentos e conscientes ao Ser que somos.




Os valores como preparação para a iluminação.




O meio de conhecimento mencionado acima inclui um processo de três etapas: śravaṇam-mananam-nididhyāsanam. Śravaṇam e ouvir o ensinamento fundamental: você já é a plenitude que está buscando.Mananam é questionar, dirimir as dúvidas que naturalmente surgem da dissonância entre esta notícia e a imagem distorcida que geralmente temos de nós mesmos. Nididhyāsanam quer dizer refletir sobre aquilo que se aprendeu nas etapas anteriores e é util para nos ajudar a ficar firmemente estabelecidos no autoconhecimento.




Os valores do Yoga não trazem, por si sós, o autoconhecimento, mas nos ajudam a cultivar uma emocionalidade e uma mente receptivas e adequadas para compreender e fruir adequadamente desse processo. Porém, cabe também lembrar que os valores não podem ser impostos desde fora. Eles precisam ser bem compreendidos, para ser integrados e internalizados de maneira natural. Do contrário, eles poderão produzir conflito e tensão interna.


O valor dos valores.


Uma vez reconhecido “o valor dos valores”, como diz Swāmi Dayānanda, eles se tornam espontâneos e passam a fazer parte da pessoa. Através dessa preparação, poderemos então compreender a Realidade Única, a natureza do Ser que somos, ilimitada, plena e pacífica.


Swāmi Dayānanda explica a importância destes valores da seguinte maneira: “A expressão da minha vida é apenas a expressão de uma estrutura de valores que foi bem assimilada por mim. Isso é apenas uma expressão daquilo que é valioso para mim. Para que eu possa desfrutar dos confortos, devo estar presente. Quando estou dividido pela culpa, raramente estou em outro lugar que não seja a minha ansiedade, meus remorsos e preocupações.


“Quando vejo claramente este fato, poderei enxergar o valor da aplicar padrões éticos universais a mim mesmo. Portanto, um valor, seja universal ou situacional, é um valor para mim, apenas quando vejo o valor desse valor como algo valioso para mim”. Boas práticas! Namaste!






14 de jan. de 2012

Saúde na 3ª Idade - Prof. Hermógenes




De que forma o livro Saúde na Terceira Idade pode ajudar o idoso?
O idoso passa por profundas transformações em sua vida e não deve cair no caso comum de sentir-se marginalizado e comprometido com a morte e a decadência. O livro surge para mudar a visão da terceira idade. Cada um precisa cair em si e dizer: “Estou tendo a chance de realizar o melhor da minha vida e fazer coisas que não podia. É a oportunidade de trabalhar para ajudar alguém, uma instituição, em substituição ao trabalho profissional que vinha exercendo. Agora posso usar o lazer da melhor maneira.” O livro tem essa proposta, mas vai ajudar também com a metodologia holística do Yoga. Ela envolve o corpo físico e a estrutura energética, que atua no campo das emoções, dos pensamentos e, acima de tudo, proporciona um meio de chegar o mais perto possível da perfeição divina.
 

Em que princípios se baseiam as técnicas ensinadas no livro?

Neste livro trago novidades porque não falo apenas no Hatha Yoga. Para a terceira idade, não posso usar determinadas técnicas que exigiriam manobras de corpo que o idoso não consegue fazer. Ofereço outras metodologias, como a caminhada, mas não esta que costumamos ver, com as pessoas conversando, escutando walkman e até fumando. Proponho uma caminhada completa, com a pessoa interiorizada, apreciando a paisagem e até orando. Também proponho a automassagem, com o objetivo de melhorar as circulações sangüínea, linfática, energética e nervosa. Outro método que sugiro é para restaurar a mobilidade das articulações de todo o corpo e desbloquear a circulação. Ainda acrescento técnicas de meditação e oração que afirmam o poder que está em nós e é divino. Desenvolvo outros temas que não são propriamente metodologias, mas sugestões para práticas da vida. Uma das coisas mais interessantes, e que tenho usado muito entre meus alunos, é o que chamo de positividade, ou seja, acabar com aquela história de dizer coisas destrutivas em relação a si e aos outros. Para ilustrar, conto a história do homem que caiu do quarto andar, e quando chegam perto dele perguntando o que aconteceu, diz: “Eu também não sei, pois acabei de chegar”. Também falo de hábitos alimentares. Introduzo ainda o conceito de remusculação. Enfim, é um conjunto de propostas que se complementam. É um trabalho holístico.


Como o senhor comprovou a eficácia destas técnicas?
Tudo que está no livro foi experimentado por mim e por meus alunos em 35 anos de experiência (desde 1960). Nunca mudei nada. Agora resolvi fazer uma adaptação para os idosos porque suponho que alguns possam ter limitações. Quero que até o idoso de cama tenha o que fazer. Abordo até o problema da aposentadoria. Estou pedindo a Deus que o livro produza uma transformação que é difícil para quem cristalizou hábitos errados.


O senhor encontra alguma resistência à aplicação de seus métodos?
Sim. Não é uma resistência programada, mas afirmada através de muitos anos. Pior do que o Yoga não ser compreendido é ser compreendido erradamente. As mulheres aderem com facilidade. Por conta de fatores culturais, vivemos um machismo pouco inteligente. Quando os homens experimentam os resultados do Hatha Yoga, acham que o conheceram tarde. Em São Paulo, estive conversando com um piloto de avião. Ele estava num estado de estresse violento. Eu disse: “Vai fazer Yoga.” Depois o encontrei muito bem. Disse que o Yoga tinha sido uma maravilha para ele. Perguntei quando tinha começado, e ele respondeu: “Foi a minha mulher que começou.” A partir dela, melhorou a vida dele.


Seu trabalho fala muito no combate ao estresse. É ele o grande vilão do homem?
Minha visão é de que o estresse é a raiz comum de muitos males, a fonte de várias doenças que matam milhões, como as do coração, sono, hipertensão, impotência e úlcera. Na minha opinião, o estresse não é o vilão, mas um mecanismo que a vida desenvolve para se defender. Quando um animal se vê diante do predador, ele entra em estresse. Toda a confusão anatômica, fisiológica, psicológica e energética é para assegurar a integridade pessoal, e precisa ser compreendida e administrada. Se eu não administrar o estresse, ele se transforma em distresse, que é enfermidade. O Yoga nos ajuda a lidar com o estresse para chegar ao eustresse, uma condição de tranqüilidade, paz, eficiência e felicidade. Quer dizer, o estresse utilizado para chegar a uma qualidade de vida melhor.


Os problemas da terceira idade possuem maior relação com a dimensão espiritual ou a social?
Se a pessoa aceitar meu convite no livro, vai aumentar sua capacidade de relacionamento consigo e com os outros. O livro propõe que a pessoa chegue à terceira idade enfrentando os problemas à sua volta sem se deixar abater.


O senhor acha que os idosos brasileiros possuem alguma tendência cultural de assumir uma condição de improdutividade?
Já está em nosso inconsciente coletivo. Há quem ache que a terceira idade é o momento de parar, ver os netos crescerem, viver isolado, cheio de doenças. Esse livro vem contestar isso. Ser ou não ser jovem é uma questão de postura. Não sei como é em outros países, mas acredito que seja universal.


A partir de que idade uma pessoa pode aplicar estes princípios em sua vida?
No Japão existe uma especialidade médica que é a geriatria pediátrica. É a partir da infância que a pessoa deve ser preparada para a velhice, aprender a escolher os alimentos, os pensamentos, as emoções, os exercícios, enfim, disciplinar a vida e orientá-la para alguma coisa gloriosa.


O senhor costuma dizer que o maior perigo para o ser humano é ser contagiado pela doença da normose. O que é isto?
É a doença de ser normal. Aí você pergunta: “Mas o normal é doente?” Sim, é. O que não é doente é o natural. Normal é o comportamento que todos têm, a mesmice generalizada. Estive lendo que, depois da Segunda Guerra Mundial, o consumo de refrigerantes aumentou 85 por cento. Os normóticos são os que estão consumindo refrigerante. Quem não possui a doença prefere água ou sucos. Muitas coisas que destroem o homem estão na moda, dentro das normas. São normais, mas não são naturais. Normose é esta vida pequena, mesquinha, daqueles que são manobrados pela máquina de convencer. Os normóticos em geral são acometidos de outra doença, a egosclerose. Por que há tanta miséria no mundo? É porque a egosclerose dominou as pessoas de poder. Elas pensam: “Primeiro, eu. Depois, eu. Em terceiro lugar, talvez, minha mulher e meus filhos. Os outros que se danem.” É isto que está acontecendo na política, nas finanças, na educação, na medicina, nas ciências em geral. As pessoas lutam pelo poder e, ao chegar lá em cima, continuam com isso estupidamente.


O senhor pode apontar pessoas que não tenham se tornado normóticas?
Mahatma Ghandi, Chico Xavier e irmã Dulce são exemplos de pessoas não-normóticas.


Durante suas viagens, cursos e palestras, o senhor vê o interesse por terapias alternativas e naturalistas aumentando?
Sim. Tenho recebido muito apoio e aceitação. Mas há exceções, como certos especialistas, cientistas e religiosos obliterados e dogmáticos que sentem alguma ameaça. Mesmo assim, são raros. O que apresento é convincente não somente pelo poder da experiência, mas também pela clareza da lógica. Minha alegria é ver transformadas as pessoas que aceitaram meus ensinamentos, saindo de problemas difíceis. Sem dúvida, eu seria mais aceito se fizesse alguma coisa normótica para os normóticos. Se eu oferecer carniça em festival de urubu, vou ganhar muito mais dinheiro, mas se oferecer flores, serei bicado.


Como o senhor conheceu o Hatha Yoga?
Eu tinha tuberculose. Meus pulmões pareciam casas de abelhas. Me atacou a laringe a ponto de me deixar afônico. Como o tratamento era à base de muita alimentação e muito repouso, quando terminou eu estava envelhecido e obeso, apesar de ainda estar na faixa dos 35 anos (por volta de 1956). O pior era o bloqueio psicológico e social que o médico me impôs. “Você não pode ficar no Sol, pegar sereno, ir à praia, fazer ginástica” e por aí afora. Até propôs que eu me aposentasse porque minha vida estava comprometida. Foi aí que ganhei um livro de Yoga de um autor indiano, Selvajaran Yesudian, escrito em francês. Como era muito claro na didática, comecei a fazer sozinho, como experiência. Pensei: “Ou fico bom ou morro logo”. A transformação em poucos meses foi tão espetacular que surgiu um novo ser daquela ruína. Senti o compromisso de dedicar o resto da minha vida a mostrar o mapa da mina aos outros.

Então o senhor é autodidata?
Sim. O mestre que eu tinha era invisível, chamava-se Deus. Não havia nada em português sobre o Hatha Yoga. O primeiro livro em nossa língua sobre o tema foi escrito por mim e publicado em 1960 a partir de minha experiência pessoal e de meus estudos sobre medicina oriental, anatomia, psicologia e tudo mais que me desse base para compreender o que se passara comigo. Chama-se Autoperfeição com Hatha Yoga, que chegou em 1996 à 35ª edição. O principal é a quantidade de cartas com depoimentos de pessoas, até da África portuguesa, dizendo como o livro mudou a vida delas.


Além dos livros, suas técnicas são ensinadas e divulgadas através da Academia Hermógenes. Como ela surgiu?

Ao escrever esse meu primeiro livro, ele se tornou um best seller. Fui procurado pelas pessoas para ensinar-lhes as técnicas. Para mim, o Yoga era tão puro que eu não queria misturá-lo com uma empresa. Um amigo de infância montou a coisa na rua Uruguaiana e me ofereceu em 1962. Vamos completar o 35º ano de funcionamento em 1997. Milhares de pessoas já passaram por lá.


Fonte: http://www.yoga.pro.br

13 de jan. de 2012

Posturas de Yoga e seus Benefícios



Sopro Ha: Funciona, simultaneamente como: um exercício respiratório, uma captação energética, uma desintoxicação (ou catarse); uma movimentação física.

Prece: AUM é a palavra sagrada, o som primordial através do qual o Universo fenomênico se manifesta, se mantém e se transforma. Este Mantra é composto das letras A-U-M, pronunciando-se OM.

Pouso sobre a cabeça: De todas as posturas, esta é a mais poderosamente rejuvenescedora e a que mais prontamente alivia a sensação de fadiga. Considerada pelos yoguis como a rainha das posturas.

Alongamento: Aumenta a sensação de bem-estar, tranqüilidade e mesmo prazer, melhora o estado das pessoas de frágeis nervos. Fortalece a musculatura dos membros inferiores. Estimula os nervos cutâneos e os vasos capilares das pernas. É considerado um dos mais deliciosos modos de vencer a fadiga.

Torção: Corrige desvios da coluna vertebral. Atua sobre as supra-renais. Combate dispepsia e prisão de ventre. Regulariza as funções do fígado, pâncreas e rins. Aumenta o sentido de equilíbrio, de autodomínio e segurança. Desenvolve o poder da vontade e a alegria interior.

Arco: Excelente contra a obesidade. Estimula toda a atividade endócrina, com surpreendentes proveitos para a saúde psicossomática em geral. Elimina as dores nas costas derivadas do sedentarismo. Enriquece a personalidade, dando vivacidade à mente. É psicoestimulante.

Pinça: Aumenta a autoconfiança, a sensação de autodomínio e de leveza, combatendo a depressão e o pessimismo. Bom para o rejuvenescimento e o emagrecimento, é igualmente eficaz no combate a insônia, diabetes, males digestivos, do estômago e dores lombares. Faz despertar a Kundalini e abrir o nadi central.

Cobra: Aumenta a flexibilidade. Enquanto comprime os músculos lombares, distende com energia os abdominais. Estimula os órgãos da pélvis, desenvolve o sentido de equilíbrio e autoconfiança.

Peixe: É especialmente benéfica para a tireóide devido à abundante irrigação sanguínea na área. Propicia otimismo, autoconfiança, paz, clareza na inteligência e desenvolve a sensação de energia e resistência à fadiga. Ao executá-la é intensa a alegria e a segurança psicológica que se experimenta.

Vela: É uma das principais posturas de inversão da Hatha Yoga, cujos efeitos terapêuticos incluem o rejuvenescimento, faz com que a gravidade trabalhe em favor do praticante, preservando-lhe a juventude e a vivacidade. E, mais, aumenta a potência sexual, ao mesmo tempo em que age no sentido de transformar a energia erótica em criatividade, sensibilidade e espiritualidade.

Arado: É uma completa massagem natural em todas as vértebras, acentuando flexibilidade e elasticidade à coluna vertebral inteira. Fortalece os músculos das costas e do abdômen beneficia os músculos do coração. Autodomínio, superação de sentimento de inferioridade, agilidade mental e alívio de estados angustiosos.

Relaxamento: Propicia recuperação rápida e completa da fadiga de qualquer espécie; cura transtornos fisiológicos produzidos pelo trabalho excessivo e pela tensão, harmoniza os processos mentais, reduzindo a atividade febricitante dos vrittis (ondas mentais); limpa os entraves de natureza tencional; faz a irrigação sanguínea completamente livre e deliciosamente regeneradora em todo o corpo; vivifica-o em todos os seus recônditos, aumenta a energia prânica e mental; diminui a sensibilidade à dor; embeleza o rosto com as cores da saúde e com a expressão serena.

Retirado do Livro Autoperfeição com Hatha Yoga do Professor Hermógenes.

6 de jan. de 2012

O Desapego "Osho"



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“Todas as nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego. Toda a nossa ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos. Nós estamos apegados a coisas que serão levadas no momento da morte, ou mesmo, talvez, antes. Você pode estar muito apegado a dinheiro, mas você pode ir à bancarrota amanhã. Você pode estar muito apegado a seu poder e posição, mas eles são como bolhas de sabão. Hoje eles estão aqui; amanhã eles não deixarão nem um traço. (…)

Todas as nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio, respeitabilidade são todos bolhas de sabão. Não fique apegado a bolhas de sabão; senão, você estará em contínua miséria e agonia. Essas bolhas de sabão não se importam por você estar apegado a elas. Elas continuam estourando e desaparecendo no ar e deixando-o para trás com o coração ferido, com um fracasso, com uma profunda destruição de seu ego. Elas o deixam triste, amargo, irritado, frustrado. Elas transformam sua vida num inferno.

Compreender que a vida é feita da mesma matéria que os sonhos é a essência do caminho.

Desapegue-se: viva no mundo, mas não seja do mundo. Viva no mundo, mas não permita que o mundo viva dentro de você. Lembre-se que ele é um belo sonho, porque tudo está mudando e desaparecendo.

Não se agarre a nada. Agarrar-se é a causa de sermos inconscientes.

Se você começar a se desprender, uma tremenda liberação de energia acontecerá dentro de você.

A energia que estava envolvida no apego às coisas trará um novo amanhecer ao seu ser, uma nova luz, uma nova compreensão, um tremendo descarregar – nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angustia.

Ao contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra sereno, calmo e tranqüilo, numa alegria sutil. Haverá um riso no seu ser. (…)

Se você se tornar desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a coisas triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso. E você rirá de si mesmo, porque você também estava no mesmo barco antes. O desapego é certamente a essência do caminho.”



3 de jan. de 2012

Prathanasana (Corpo e emoções em equilibrio)




Do ponto de vista físico, é uma técnica imóvel, muito simples, mas que nos faz experienciar que a estabilidade e o controle do corpo físico e de nossas emoções e pensamentos são interativos. Em Prathanasana, equilibramo-nos em pé, imóveis, com todos os músculos relaxados, conseguimos o sempre desejado, mas difícil, controle emocional. Corpo e emoções, em equilíbrio e harmonizados, produzem serenidade e quietude nos pensamentos, numa vivência psicossomática agradabilíssima e encorajadora.

Desfrutando tranquilidade e alegria interior, passe a contemplar sua tênue respiração. Apenas observe. Não interfira, contemple a entrada e a saída de ar pelas narinas (entrando, saindo, entrando, saindo...). Procure manter a mente ali, sem deixá-la vagar... Mas para isso, de forma alguma, se zangue com ela, tentando forçá-la.

O simples e passivo embevecimento com o suave e livre fluir e refluir do hálito da vida, por certo o ajudará a descartar ansiedades, turbulências, estresses, inquietudes, aflições, conflitos interiores... É um maná psicossomático. Mas ainda poderá ser melhor e mais eficaz, acrescentando a técnica do mantra OM. (Professor Hermógenes)

Do livro: Saúde na Terceira Idade

Fonte:
http://professorhermogenes.blogspot.com/2010/01/prathanasana-postura-da-prece.html

1 de jan. de 2012

Tempo...




TEMPO. . .
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente.

Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.

Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.

Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente.

Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!

(Carlos Drummond de Andrade).
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