17 de dez. de 2011

Porque precisamos de amor e atenção? "Osho"

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Lembre-se, atenção é uma necessidade psicológica. Isso precisa ser entendido. Por que as pessoas precisam de tanta atenção? Por que, em primeiro lugar, todos querem que os outros prestem atenção neles? Por que todos querem ser especiais? Alguma coisa está faltando dentro deles. Você não sabe quem você é. Você conhece a si próprio apenas através do reconhecimento de outros. Você não tem nenhum acesso direto a si mesmo. Você vai pelos outros.
Se alguém diz que você é bom, você se sente bom; se alguém diz que você não é bom, você se sente muito, muito deprimido – então você não é bom! Se alguém diz que você é bonito, você fica feliz; se alguém diz que você é desagradável, você se torna infeliz. Você não sabe quem você é. Você simplesmente vive a partir de opiniões de outros, você segue colecionando opiniões. Você não tem nenhum reconhecimento – direto, imediato – do seu ser. Eis por que você pega um “eu” emprestado. Daí o seu anseio por de atenção.
E quando as pessoas estão atentas a você, você sente como se estivesse sendo amado, porque quando em amor, nós damos atenção um ao outro.
O amor é atencioso – e todo mundo tem sentido falta de amor. Raríssimas pessoas alcançaram a experiência do amor, porque amor é presença espiritual. Milhões de pessoas vivem sem amor porque milhões de pessoas vivem sem espiritualidade. Esqueceram do amor. Como substituir essa lacuna? O substituto mais fácil é angariar atenção de pessoas. Isso irá enganar você, irá te trapacear, dando a impressão de que eles te amam.
Buda é amor absoluto. Ele amou a existência e a existência o amou. Isso é o samadhi: quando você está em relacionamento “orgásmico” com o “todo”. Buda conheceu o “orgasmo pleno” – o orgasmo que não é do corpo e também não é da mente, mas da totalidade; não parcial. Ele veio a conhecer este êxtase.  Nesse estado, não há necessidade de pedir nenhuma atenção, de ninguém.
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Osho
The Diamond Sutra

11 de dez. de 2011

Prosperidade: saiba como atrair essa energia




Você deseja um futuro mais próspero? Com pequenos gestos diários, você pode trazer a energia da prosperidade para a sua vida, de acordo com o Feng Shui, técnica chinesa de harmonização e equilíbrio de ambientes. Ao aplicar o ba-guá, diagrama que relaciona os oito cantos da casa com áreas de interesse na vida, a prosperidade fica no canto superior esquerdo, considerando a porta de entrada de sua casa (veja a ilustração). Acompanhe dicas que você pode seguir na sua residência e atitudes que pode adotar no cotidiano para atrair fartura, riqueza e abundância:


Cores - Púrpura e vermelho são as mais indicadas para atrair a energia da prosperidade e podem estar em esculturas, quadros, tapetes, cortinas, almofadas, móveis ou na parede. Além dessas cores você pode usar o verde, que representa o elemento madeira que é o regente do canto da prosperidade. Outras opções são o amarelo, o dourado e o prateado para lembrar riqueza.


Flores - A beleza e a energia das flores transmitem uma sensação de conforto, de paz e de abundância. Coloque muitas flores em belos arranjos em sua casa. Para a prosperidade as mais indicadas são as vermelhas ou as amarelas, como os girassóis.


Objetos - No canto da prosperidade é importante ter objetos que você realmente admira e trazem a sensação de valor e abundância. Um grande vaso com uma planta robusta e que cresça para cima é um bom símbolo de prosperidade. Esculturas de madeira, obras de arte com detalhes dourados, itens que representem fartura e segurança também são bem-vindos.


Água - Imagens de cachoeira, fontes ou aquários são elementos que mantém o fluxo da energia da prosperidade. A água nutre o elemento madeira da prosperidade e também representa dinheiro. Por isso, um desses itens também pode ser usado para atrair mais riqueza para a sua vida.


Quarto - Mesmo que esse não seja o canto da prosperidade da sua casa, é o ambiente onde passamos a maior parte do tempo. Por isso, decore-o com muito conforto nas almofadas e roupas de cama, com belos quadros ou fotos e lindas cortinas. Deixe esse ambiente realmente cheio de fartura e prosperidade para você.


Mesa de Jantar - Um dos símbolos mais prósperos da casa é a mesa de jantar, que deve ser usada com freqüência e decorada com flores ou frutas. Um espelho bem posicionado para refletir a mesa também duplicará a energia da abundância.


Gratidão - O primeiro passo é sentir gratidão. Agradeça pelo que você é e pelo que você possui. E não se esqueça de agradecer a todas as pessoas, familiares e mentores espirituais que te ajudaram a chegar até o momento presente. Se achar melhor, escreva seus agradecimentos em um caderno especial.


Afirmações - As palavras faladas ou escritas têm muito poder. Por isso, devemos ter bons pensamentos e atitudes positivas. Você pode criar uma lista de desejos com afirmações escritas sempre em tempo presente como se o seu sonho já tivesse se tornado realidade. Por exemplo: “Atraio oportunidades prósperas para minha vida.” “Comprei meu apartamento no bairro que eu adoro!” “Tenho a carreira que amo e ganho muito dinheiro com o meu trabalho”. Faça esse exercício com concentração e escreva a sua lista com objetividade e riqueza de detalhes. Depois, leia em voz alta e visualize os seus desejos todos os dias.


Fonte : Revista Personare - www.personare.com.br 

9 de dez. de 2011

Recarregue a energia do seu corpo e mente

 

Seja mais feliz conquistando mais energia positiva no seu cotidiano

Imagine que você tem uma pilha embutida e, como qualquer bateria, ela só funciona quando está carregada. A diferença entre pilhas e gente é que, enquanto a primeira não se move sem energia, as pessoas até sobrevivem - embora mal. Como a chave de tudo está no equilíbrio, saiba o que é preciso para harmonizar os dois pólos (o positivo e o negativo) e ter vitalidade na medida certa:

Conquiste energia positiva

Respirar bem

Como a maioria das pessoas não presta atenção na maneira como inspira e expira o ar, não canaliza a energia de modo a aproveitar seus benefícios integralmente. Fisiologicamente, a respiração tem três momentos: inspiração, expiração e pausa, que quase não é percebida. A primeira estimula o organismo e a segunda expulsa as toxinas. A última etapa, que ocorre no pequeno espaço de tempo entre a expiração e a inspiração, é essencial para nós.

"Essa parada é o que nos mantém vivos". "Quando estamos estressados, nervosos, agitados, a respiração encurta e não conseguimos nos energizar, podendo desenvolver até mesmo uma série de doenças".A boa notícia é que você consegue equilibrar seu fluxo energético com atividades como a ioga, o renascimento e a meditação.

Mexer o corpo
"Mexer o corpo traz benefícios em todos os aspectos", explica Fábio Bernardo, fisiologista do exercício, de São Paulo. "Tonifica os músculos, protege a saúde e, acima de tudo, dá mais disposição e energia." Porém, um dos segredos para usufruir seus benefícios é procurar uma atividade que você realmente goste. Segundo Fábio, a prática tem de ser prazerosa e sem dor. Do contrário, você desiste logo na primeira semana.

Alimentar o cérebro
O cérebro emana ondas de energia positiva para o resto do corpo quando fazemos uma pausa para ler um livro, ir ao cinema, à praia ou simplesmente não fazer nada. O mesmo princípio vale para os pensamentos alto-astral. "Se você é uma pessoa alegre, risonha e bem-humorada, envia para o seu cérebro uma mensagem de felicidade", fala a fonoaudióloga paulista Ana Alvarez, autora do livro "Deu Branco, um Guia para Desenvolver o Potencial de Sua Memória" (editora Record). "Em contrapartida, ele banha você com a mesma energia." Portanto, nada de ficar lembrando o que deu errado ou aconteceu de ruim.

"Sapos"
Você pode intoxicar seu organismo de diversas formas engolindo os famosos sapos. "Quando não expressamos o que vai dentro de nós, estamos bloqueando nossa energia vital", constata Márcia de Lucca, do Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda (Ciyma), de São Paulo. "Deixar de expressar os sentimentos é uma forma de intoxicação. Corpo que aprisiona energia acaba adoecendo."

Fonte : www.mdemulher.com.br - revista bons fluídos

5 de dez. de 2011

ÁSANA, RÓTULOS, CONSUMO E ERROS






Entrevista com Pedro Kupfer - 23 de Novembro de 2011


1) Como você chegou ao Yoga?
Quando adolescente, um amigo me apresentou um livro do filósofo Alan Watts que mencionava o Yoga e a meditação sobre o mantra Om. Por algum motivo, esse breve texto me marcou: chamou muito a atenção e resolvi que iria me dedicar a praticar aquilo. Pareceu-me algo nobre, um motivo justo e adequado ao qual dedicar a vida. E lá se vão trinta anos.


2) Como você vive o Yoga atualmente?
Creio que de uma maneira bastante mais madura, tranquila e consciente que no início. Com o tempo, as ilusões e fantasias que a gente se fazia no começo deram lugar a uma visão mais realista e centrada do que é o Yoga, bem como na manera em que ele funciona.

3) Sempre teve esta relação com o Yoga o ela foi mudando ao longo do tempo?
Sinto que passei por várias fases diferentes. No início não compreendia o que tinha em mãos, mas me sentia muito atraído por tudo o que tivesse cheiro de Yoga. Praticava meio que cegamente mas, felizmente, muito bem guiado pelo meu excelente professor Janardhana, do Satyananda Niketan, de Montevidéu.
Depois, veio o entusiasmo com a kundalini, a busca pelas experiências transcendentais. Talvez esta fase tenha sido a mais conturbada, pois pensava que moksha, o objetivo do Yoga, era uma experiência e não uma maneira de ver as coisas. Se a pessoa pratica baseando-se em crenças deste tipo, não vá muito longe e, cedo ou tarde, se frustra, abandona o Yoga e vai buscar outra coisa.
Depois, quando conheci meu guru, Swami Dayananda Saraswati, tive o privilégio de adquirir uma visão mais racional e centrada, mais objetiva, a partir da qual, como reza o ditado, parei de “pedir peras ao ulmeiro”. Essa última fase começou há um pouco mais de uma década e, apartir desse momento, sinto que a prática está avançando a passos largos, pois está alicerçada no estudo e no proceso de autoconhecimento, sem os quais o Yoga não pode funcionar.

4) Cada vez mais gente pratica Yoga, faz formações, etc. Mas isso nem sempre se traduz em condutas compassivas ou em respostas amorosas. Será que o Yoga está se tornando mais um objeto de consumo, entre tantos outros?
Talvez sim. Depende de como enxergarmos a situação. Sempre houve e siempre haverá pessoas que se dediquem ao Yoga como forma de encontrar um significado mais profundo e uma direção mais clara na vida. Quando o Yoga se torna uma moda, surge, paralelamente a esse tipo de buscador espiritual genuíno, outro tipo de praticante que busca o Yoga por outras razões: adquirir boa-forma, administrar o estresse, dormir melhor, produzir mais.
Este segundo tipo de praticante merece todo o respeto e a consideração da parte dos mumukshus, dos buscadores da liberdade porque, como já ensinava o grande mestre Sivananda, não importa qual é o motivo que leva a pessoa a praticar. O que importa, sim, é que, através da prática, ainda quando centrada nos efeitos secundários, é sempre uma porta de entrada para o processo de conhecer a si mesmo e, consequentemente, para a liberdade.

5) Para que praticamos Yoga?
Para retirar o véu que ofusca a nossa visão. Para sermos livres. Para descobrir que a felicidade que estamos buscando é algo que já somos.

6) Qual é o sentido de se contorcer, de ficar de cabeça para baixo ou sobre as mãos?
Esses exercícios, chamados ásanas e mudras, se fazem como meio de reflexão sobre o que somos. O processo do Yoga tem três etapas, chamadas shravanam, mananam e nididhyásana, respectivamente. Shravanam, a primeira, consiste em escutar o ensinamento (“já somos a felicidade que estamos buscando” é um bom resumo).
Logo vem a etapa do questionamiento, das dúvidas e perguntas, que se chama mananam, ou “usar a mente”. Para isso, precisamos estar em presença de um professor que possa responder nossas dúvidas.
Uma vez esclarecidas, passamos ao nididhyásana, o momento da reflexão sobre o que somos, ou sobre o que sabemos sobre o que somos. Para isso, com essa finalidade, existem e se praticam (ou deveriam se praticar) todas as técnicas do Yoga, das posturas à meditação, dos respiratórios aos mantras.

7) Qual é a diferença entre praticar Yoga e viver Yoga?
Isso é muito subjetivo e vai depender de quem responda a pregunta. Se formos ver o Yoga como uma maneira de reflexão que se estende desde os exercícios fisiológicos, energéticos ou meditativos a todos os aspectos do cotidiano, podemos dizer que não existe diferença entre praticar Yoga e viver Yoga. É a mesma coisa.

8) A maior parte das pessoas somente trabalha o Hatha Yoga, ou seja o Yoga postural. Ele é só a ponta do iceberg? Há algo a mais?
Esta é uma pergunta interessante, que mostra de quê maneira a opinão pública está confundida em relação ao Yoga, bem como à maneira em que funciona. Hoje em dia, as pessoas imaginam que Yoga seja ficar de cabeça para baixo ou noutras posições excéntricas. Na pergunta, se equipara o Hatha Yoga com “Yoga Postural” mas, na verdade, o Hatha é muito mais que apenas praticar ásanas.
A única diferença que existe entre o Hatha Yoga e o que já existia antes de seu nascimiento (o que aconteceu uns mil e poucos anos atrás) é que o Hatha usa o corpo como instrumento de reflexão e meditação, de uma maneira que não havia sido explorada anteriormente.
Afora esse detalhe, o resto da tradição é monolítica e uniforme. O que se ensinava antes do Hatha em termos de visão de si mesmo não mudou depois que as práticas físicas, energéticas ou sutis foram integradas à cultura e ao modo de viver que acompanha o Yoga desde sempre.
Quando penso que Yoga é Hatha, e que Hatha é postura, chego à conclusão que Yoga é repetir posturas. Isto é tão equivocado como pensar que, se existe um exercício no Yoga que consiste em contrair os esfíncteres, qualquer pessoa que contraia os esfíncteres estará praticando Yoga. Para poder chamar Yoga ao Yoga, precisamos comprender que ele é uma visão libertadora do ser humano, que inclui maneiras diferentes de colocar essa visão na prática e, principalmente, no cotidiando da pessoa.

9) Se o Hatha tem como objetivo final preparar o corpo para a postura de meditação, por que não irmos diretamente a esse final?
O resultado não é o mesmo. Nesse proceso, em que o corpo tem um grande protagonismo, não se incluem apenas ações e resultados físicos. Há um efeito muito grande destas práticas sobre o corpo sutil, sobre os caminhos da energia vital, bem como nos padrões mentais e crenças que surgen deles.
Assim, as práticas do Hatha Yoga não se limitam a condicionar o físico para que possamos nos sentar com mais conforto para meditar ou para que possamos dormir melhor ou render mais no trabalho. O verdadero objetivo está em dissolver as couraças de tensão sutil, que determinam tanto as limitações do movimento do físico como os padrões mentais automâticos que regulam uma boa parte das nossas vidas.
Nesse sentido, o Yoga trabalha de maneira similar à medicina chinesa, no sentido de “limpar” o corpo de energia de bloqueios, ausências o excessos de força vital que podem, por sua vez, provocar desequilíbrios na saúde e limitações em relação àquilo que acreditamos ser possível fazer na vida.
Noutras palavras, a prática de Hatha Yoga, desde que feita com a atitude correta, pode nos ajudar a mudar a perspectiva que temos de nós mesmos, de nosso papel na ordem das coisas e da maneira que enxergamos a nossa própria vida.

10) O Yoga como caminho propõe muitas mudanças nas vidas nas pessoas que o trilham, nos hábitos, na alimentação, etc. Que sentido tem tornarmo-nos outra pessoa para voltar a ser o que sempre fomos?
Creio que a gente não se torna “outra pessoa”. A pessoa continua sendo a mesma, mas vai fazendo naturalmente alguns ajustes, melhorando ou corrigindo o que for preciso em relação aos próprios hábitos. O caráter, a personalidade e o temperamento não são rígidos e mudam sutilmente, o tempo todo. William James, um filósofo inglés, disse uma vez que a pessoa tem tantas personalidades em si mesma, quantas pessoas ela conhece.
Noutras palavras, os hábitos, crenças, cultura e modo de viver, embora importantes, são sempre relativos, nunca essenciais. A gente não é o que pensa. A gente não é o que faz. A gente não é um conjunto de hábitos. A gente não é um nome ou uma dieta. Se eu permanecer aberto ao novo, questionando o que se me apresenta como correto ou como incorreto, posso escolher com liberdade, posso assumir a responsabilidade por meus atos de manera íntegra e independente.
Agindo desta maneira, sem colocar as decisões que tomo ou a responsabilidade pelos frutos das ações que realizo nas mãos de algum costume ou alguma forma de comportamento padronizada, sou um humano livre. Resumindo, o praticante precisa reconhecer que muito do que pensa ser seu, são apenas crenças da cultura ou a sociedade donde ele nasceu. Se esas crenças forem nocivas, o yogi dá a si mesmo o direito de trocá-las por outras, construtivas ou neutras.

11) Qual é o selo que identifica o Yoga que você pratica?
Atualmente, há uma excessiva preocupação com os rótulos. Precisamos nos “posicionar” para melhor identificar o que hacemos, dada a variedade de sistemas que surgiram nas últimas décadas. Bom, da minha parte, posso dizer que não concordo com o uso que se faz desses rótulos e assim, optei por não usar rótulo algum.
Quando soube que existian vários métodos de Yoga (Tantra, Mantra, Kundalini, etc.), lembro de ter perguntado ao meu professor Janardhana: “qual é o Yoga que nós praticamos?” Ele me respondeu: “Yoga”. Essa resposta é muito boa e clara, e continuo usando-a hoje em dia quando me fazem essa pergunta.
Não existen métodos diferentes, mas etapas distintas dentro de um único caminho, que é o processo de crescimento interior de cada um. Assim, Karma Yoga, Bhakti Yoga, Jñana Yoga, Hatha Yoga, são apenas momentos ou fases dentro desse processo maior que podemos chamar vida de Yoga.
Quando a gente fica em contato com a tradição, aprendendo dentro dela, tem que ter especial cuidado para não modificar nada, não inventar nada, não rotular nada, pois tudo já está pronto, todo está já perfeitamente bem elaborado, tanto para praticar como para ensinar e transmitir. Esse é o motivo pelo qual muita gente que começou a praticar e estudar Yoga antes da presente moda que estamos vivendo, se nega a usar rótulos que identifiquen uma forma de Yoga específica. Somente existe um Yoga.

12) É o mesmo que você ensina?
Sim, claro. A gente não deve ensinar o que não pratica, nem deixar de praticar o que ensina. Namaste! 

10 de nov. de 2011

Prof. Hermógenes - O que é Yoga?




Yoga é exatamente a viagem dos que, intoxicados de divertimento, acordados pelas abençoadas pancadas das vicissitudes, saudosos da ¨casa do Pai¨, já decisivamente convertidos, se tornaram aspirantes ao Eterno.Yoga é o caminho e o caminhar que conduzem a Deus.Yoguin é aquele que, tendo despertado visto a impermanência e a falência dos valores mundanos, seja cristã, hinduísta, budista, judeu, maometano..., está a caminho, pagando o preço dos desafios, das fadigas, das quedas, de todos os sacrifícios, mas sempre avançando sempre querendo chegar.


O YOGA AUTÊNTICO

Caro amigo.

Aqui estou para tentar responder bem a suas perguntas sobre o que é mesmo Yoga.
Para evitar polêmicas, evito defender ortodoxamente um ponto de vista particularmente meu. Sem contestar nem protestar, vou simplesmente transcrever com fidelidade escrituras sagradas e grandes sábios, que há milênios ensinaram Yoga à humanidade.

Se fossem minhas as explicações, poderia incorrer em erros e me sujeitaria a contestações e suspeitas, e, assim, não o ajudaria..

Peço ao leitor que afie a espada de seu discernimento, para que possa chegar a conclusões corretas. Tomara que tais autoridades sejam por nós entendidas e atendidas. Que falem as escrituras sagradas e os velhos Rishis. Que nos elucidem, para evitar opiniões aventureiras e, portanto, equivocadas.

Krishna, o Verbo Divino, na "Bhagavad Gita", o mais portentoso, completo e sábio evangelho do Yoga, explicou ao Príncipe Arjuna:

Livre de orgulho e de ilusão, já tendo dominado o mal do apego, pensando constantemente no Ser Supremo, tendo minimizado todos seus desejos, tendo-se refugiado na solidão, liberto dos opostos da existência tais como prazer e dor aquele que já não está mais iludido, atinge a Meta Eterna.(15.1) Permaneça firme em Yoga, Oh Dhananjaya(Arjuna); pratique suas ações, isento de apegos e mantendo eqüanimidade tanto quando bem sucedido como no malogro. Esta eqüanimidade é chamada Yoga. (2.48).

Aquele que nem odeia nem deseja pode ser reconhecido como alguém que constantemente pratica a renúncia, porque, liberto dos pares de opostos, Oh poderoso Arjuna, pode ser facilmente libertado do cativeiro.(5.2)

Aquele que trabalha deve fazê-lo sem ansiar pelos frutos da ação. É chamado sannyasi e é um yogui e não o é aquele que nem age nem mantém o fogo sagrado.

Fique sabendo que o que as escrituras e os sábios chamam renúncia é o mesmo que Yoga, Oh Pandava; porque ninguém que não tenha renunciado a seus desejos, pode tornar-se um Yogui.

Para um sábio que aspira atingir Yoga, agir é o meio adequado, no entanto, quando tenha atingido Yoga, o meio mais adequado passa a ser a serenidade.

Quando um homem já não tenha apego aos objetos dos sentidos ou à atividade, e quando tenha totalmente renunciado a seus quereres, pode-se dizer ter alcançado Yoga

Que o homem se liberte de si próprio, que não se degrade, porque ele é seu próprio amigo e também seu próprio inimigo. Para quem venceu a si mesmo, por si mesmo, seu próprio ser é um amigo, mas, para aquele que não se venceu, seu próprio ser lhe é hostil.

Aquele que se tenha vencido e, em sua mente, vive sereno, está permanentemente absorvido no Ser Supremo, não se altera tanto no calor como no frio, tanto no prazer como na dor, seja na honra, seja no opróbrio.

Merece ser chamado yogui firme aquele cujo coração, através do conhecimento e do apercebimento, permanece satisfeito, que, tendo vencido a sensualidade, nunca vacila e considera de igual valor um torrão de barro, uma pedra e um pedaço de ouro.

O homem que respeita igualmente os que lhe querem bem, os amigos e também os inimigos; os que são de suas relações ou os indiferentes, os imparciais e os maliciosos, e mesmo os virtuosos e pecadores é um yogui supremo.

Um yogui deve sempre tentar concentrar sua mente, retirar-se para lugar solitário e viver só, tendo vencido sua mente e seu corpo e se libertado dos desejos e das posses(6.1- 10)

Krishna continua a descrever nos versículos seguintes o que é o Yoga e o yogui e a conduta ética e espiritual adequada a alcançar a difícil união libertadora com Deus, com o Ser. A descrição acaba por quase desanimar seu interlocutor, o já muito virtuoso príncipe Arjuna. Imagine como me sinto eu, um simples mortal?! Arjuna manifestou então seu espanto e suas dificuldades, que também são nossas em maior grau:

... a mente, Oh Krishna, é inquieta, turbulenta, poderosa e obstinada. Controlá-la é tão difícil, me parece, como controlar o vento.(2.34)

Krishna respondeu:

Sem dúvida, poderoso Arjuna, a mente é inquieta e difícil de controlar, mas pela prática e pelo desapego, pode vir a ser aquietada.

Eu penso ser difícil alcançar Yoga para o homem que não conseguiu se controlar, mas Yoga pode ser atingido pelo que tenha conseguido se controlar e se empenha por obter meios apropriados(6.35 e 36)

Ainda não satisfeito, Arjuna volta a argumentar:

Um homem dotado de fé, mas sem serenidade, e cuja mente tem vagado longe do Yoga, que fim alcança. Oh Krishna, não tendo conseguido conquistar a perfeição em Yoga? Tendo fracassado na fé e no esforço para atingir o Yoga, desamparado de apoio e perdido no caminho para Brahman(Deus), Oh poderoso Krishna, ele não parece uma nuvem que se desfaz? Dissipe completamente esta minha dúvida, pois ninguém que não você pode extinguí-la(6.38 e 39).

Krishna dá uma resposta ainda mais tranqüilizante:

Oh Partha(Arjuna), não há destruição para um homem assim, nem neste nem no mundo seguinte; nem mal algum, meu filho, atinge o homem que pratica o bem(6.40)
E mais adiante completa:

Um yogui, se engajando diligentemente, é purificado de todos os pecados e, se tornando perfeito, através de muitos nascimentos, atinge a Meta Suprema. O yogui é maior que os homens que praticam árduas mortificações; é maior que os homens que agem indiferente aos frutos da ação. Torne-se, portanto, um yogui. E de todos os yoguis, aquele que me adora com fé, seu ser mais interno, reside em Mim...

Krishna, o "divino cocheiro do carro de nossas vidas", indiscutivelmente é a autoridade maior para prescrever o Yoga mais puro e apropriado a cada um.

Fixe em Mim sua mente. Coloque em Mim seu intelecto. Então daí por diante, portanto, você viverá, sem dúvida, somente em Mim"(Gita,12.8)

Isto é ainda o que entendo com "Yoga para quem pode", portanto, para muito poucos. Não me atrevo a me ver entre eles. E você? Krishna que está por dentro de nossas limitações e de nossos pensamentos, com muito amor fala diretamente para Arjuna e indiretamente para nós:

Se você também é incapaz de fixar em Mim sua mente, então, pelo Yoga da constante prática, procure chegar a Mim...(Gita, 12.9)

E, obstinado e misericordioso, insiste em ajudar-nos:

Se você é incapaz mesmo de praticar Abhyasa Yoga(Yoga da constante prática), então pratique suas ações em Meu proveito. Mesmo pela prática de suas ações em Meu proveito, você atingirá a perfeição.(12.10)

De compaixão em compaixão, Krishna segue sugerindo caminhos mais viáveis, embora sempre austeros como devem ser:

Se ainda assim, você é incapaz de fazer mesmo isto, então busque refúgio em Mim. Autocontrolado, renuncie aos frutos de todas as ações. O conhecimento é deveras, melhor que a prática. A meditação é melhor que o conhecimento. A renúncia aos frutos da ação é melhor que a meditação. A paz sucede imediatamente à renúncia.(12.11e12)

Há outros métodos ainda menos árduos e menos elitistas para conquistarmos meta suprema de nossas vidas aconchegar-nos nos braços amorosos do Pai.O canto de músicas religiosas, o serviço devocional, a auto-entrega, a oração inteligente, a repetição permanente do Nome de Deus,...são alguns procedimentos que nos ajudam na viagem que há de minimizar a grande distância e a grande diferença entre nós e Deus, distância e distinção que a ignorância impõe.

Como uma moderna disciplina do Yoga(Sadhana), Sai Baba nos aponta a "Educação dos Valores Humanos"(Educare), isto é, a cultura e o cultivo de cinco potenciais divinos que moram dentro de você, de mim, de todos. Os cinco valores, que a educação pode desenvolver, são:

Verdade ou veracidade; Retidão; Paz; Amor; e Não-violência.

Esta é o Yoga mais adequada aos que vivem agora, nesta "era negra", na Kali Yuga, dominada pela hipocrisia, pela desonestidade, pela guerra, pelo desamor e pela violência que parece insanável.

Felizmente, para a saúde física e mental, para nutrir-nos de bio-energia, e de tudo mais necessário ao bom condicionamento de nosso holos, contamos com a prática sistemática da Hatha Yoga. A Hatha Yoga, que embora pareça ginástica, é infinitamente mais e melhor, funciona como um b-a-bá, um curso de alfabetização, capaz de amparar no nobre caminho da ação(Karma Yoga), no doce caminho da devoção-amor(Bhakti Yoga), no difícil caminho da sabedoria, da vitória sobre a ignorância(Jnana Yoga), no problemático controle da mente(Raja Yoga) e de todos outras nobres formas de caminhar de volta a Deus, de libertar-nos das peias e penas do mundo material. Infelizmente quase todos a vêm como mera ginástica.

Que esta carta possa ajudar a um estudioso igual a você e também a todos quanto, empolgados pela onda, pelo modismo, desejem conhecer e praticar o verdadeiro Yoga de validade eterna, de alcance infinito.

Que todos abram os olhos, isto é, usem de discernimento para não vir a colher frustração.
Que não pratiquem asanas equivocadamente como ginástica ou malhação a serviço da conquista de poder e de prazer materiais, transformando Yoga em Bhoga. Vitórias, aquisições, bens, prestígio e prazeres de Bhoga são inevitavelmente falsos e efêmeras, segundo as escrituras e os Mestres..

Minha homenagem a todos os sinceros professores, pesquisadores e praticantes, que se dedicam ao estudo profundo desta ciência divina. Que Ishvara, o Deus dos yoguis, abençoe seus nobres esforços e seus transcendentes ideais
Fonte: http://www.profhermogenes.com.br/darma.htm

7 de nov. de 2011

Mantras: Entrevista com Pedro Kupfer




Para que servem os mantras?
Entrevista com Pedro Kupfer

1) Para que servem os mantras?

A palavra mantra significa em sânscrito “instrumento para o pensamento [adequado]” (man = pensamento, mente; tra = instrumento). Basicamente, um mantra é um som que tem um significado e tem como objetivo lembrar algo importante para o praticante. Esse som pode consistir em um monossílabo, como o mantra Om, uma frase curta, como Om Gam Ganapataye namah (“eu saúdo Ganesha, o deus-elefante”), ou uma estrofe de 24 sílabas, como é o caso do Gayatri mantra. O mantra pessoal é prescrito tradicionalmente por um mestre, em função da necessidade do praticante.

2) Como podemos usar os mantras na prática? Por exemplo, quantas vezes devemos fazê-los?
Tradicionalmente, um número razoável de repetições é 108. Para um mantra polissilábico como o Gayatri, por exemplo, isso significa uns 20 minutos por prática. No entanto, há práticas como o purashcharana, em que se fazem 1000 repetições diárias até completar 2.400.000 ao cabo de sete anos. Isso totaliza 100.000 repetições por cada uma das 24 sílabas do mantra.
Outra maneira de usar os mantras é associar a sua repetição mental com a respiração, como no caso do ajapa japa, técnica que consiste em acompanhar a observação da respiração com a mentalização do mantra so’ham.

3) O que precisamos fazer para entoá-los?

O Kularnava Tantra nos ensina que há três formas de fazer um mantra: mentalmente, murmurando, e em voz alta. Dessas maneiras, considera-se que o mantra murmurado seja mais poderoso que aquele feito em voz alta, e que o mantra feito mentalmente seja mais eficiente que o murmurado. No entanto, a mesma escritura nos aconselha a mudarmos de técnica quando percebermos que estamos perdendo a concentração ou quando estamos nos distraíndo, passando da repetição mental para a verbalização em voz alta ou vice-versa. É possível também associar o mantra com um yantra, um símbolo. Por exemplo, ao gayatri mantra corresponde o yantra do mesmo nome, que pode ser visualizado mantendo-se os olhos fechados ou focalizado com eles abertos durante a meditação.

4) Quais são os efeitos dos mantras?Os mantras têm a capacidade de servir como foco para que a mente se concentre. Ela tem a sua própria agenda e dificilmente pode ser controlada. Se você percebe esta dificuldade na sua meditação, isso significa que sua mente é totalmente normal. Respire aliviado, pois isso acontece com todo o mundo. Seu trabalho durante o mantra, consiste justamente em trazer incessantemente a mente de volta para o som do mantra e refletir sobre seu significado. Isso traz como conseqüência o aquietamento da mente. Essa paz mental não é um fim em si mesmo, mas um meio para conseguir o discernimento, para preparar-se para a libertação, moksha. Muito embora os mantras possam ser usados para relaxar, combater a ansiedade ou o estresse, esse fim não deve ser esquecido.

5) Como funcionam?
Conhecer o significado do seu mantra, se você tem um, é fundamental. Tem pessoas que afirmam que os mantras não tem significado, ou que saber o que o mantra quer dizer não é importante, para afastar a desconfiança dos cristãos, ou para apresentar a prática da meditação sobre eles como algo “científico”. Se o mantra foi especialmente escolhido para você, como é que ele não tem significado? Como posso confiar na eficiência desse mantra ou nas boas intenções de tais professores?
O Rudrayamala, um texto antigo de Yoga, diz: “Os mantras feitos sem a correspondente ideação são apenas um par de letras mecanicamente pronunciadas. Não produzirão nenhum fruto, mesmo se repetidas um bilhão de vezes.” Mantras sem significado não funcionam. Todo mantra sânscrito significa alguma coisa ou aponta para algum aspecto da realidade, adequada como tema de reflexão para cada praticante.

6) Por que cantá-los em sânscrito?
Na tradição hindu, os mantras são considerados Shruti, revelação. Isso significa que esses sons não foram criados por um autor humano, mas percebidos em estado de meditação pelos sábios da antigüidade, chamados rishis. Esses sons descrevem as diferentes revelações que estes sábios tiveram, e servem como indicadores para orientar os humanos em direção ao autoconhecimento. Por exemplo, os mahavakyas, as grandes afirmações da tradição dizem: aham Brahma’smi, “eu sou a Consciência do universo”, tat tvam asi, “tu és Isso (o Ser)”, etc.
A língua sânscrita é considerada uma língua revelada, portanto sagrada, assim como o aramaico, o hebraico ou o latim o são para a religião judaico-cristã. Como língua, o sânscrito tem a virtude de conseguir comunicar nuanças de significados muito sutis, e sua vibração sonora produz efeitos não somente na mente mas também, por resonância, nos corpos energético e material.

*Texto publicado originalmente na revista Prana Yoga Journal.
Visite o website da revista clicando aqui: www.eyoga.com.br.
**Imagem:. Atma Tattva

2 de nov. de 2011

A coluna vertebral

A flexibilidade é sua principal característica , pois as vértebras apresentam mobilidade entre si. A estabilidade é fornecida por sua estrutura ligamentar e osteomuscular.

Entre suas funções temos: proteção da medula espinhal, movimentação e marcha, manutenção da posição ereta, suporte do peso corporal e ligação de todas as suas regiões desde a occipital até o sacro. Apresenta 4 curvaturas fisiológicas que não ocorrem ao acaso: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacra.

A lordose cervical estende-se do atlas à segunda vértebra torácica, a cifose torácica da segunda vértebra torácica à décima segunda, e tem variações individuais. A lordose lombar é uma curvatura que se estende da décima segunda vértebra torácica até a transição lombosacra. A sua forma deve-se à adaptação às forças de carga e locomoção, que se inicia a partir do momento em que o indivíduo passa a deambular. A curvatura sacra, da articulação lombosacra ao cóccix e a sua concavidade anterior direciona-se para frente e para baixo.
Essas curvaturas têm para a coluna uma função muito especial: equilibrar e facilitar a distribuição do peso e das forças compressivas, impedindo a sobrecarga de áreas específicas. É simples, na ausência dessas curvas, a coluna seria igual a uma tábua, o que dificultaria a sua mobilidade. No plano frontal a coluna é reta, sendo que alguns desvios laterais discretos podem estar presentes.

Estrutura óssea
Os 33 corpos vertebrais constituem os principais pilares da coluna, todos eles com características próprias, sendo:7 cervicais, 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 4 coccígeos
Uma vértebra típica se constitui de um corpo, arcos, lâminas, pedículos, articulações posteriores e processos transversos e espinhoso. Cada vértebra tem sua estrutura uma fina camada externa de osso cortical e seu interior preenchido por osso esponjoso. A disposição e configuração dessas trabéculas ósseas é um fator importante para a sua resistência

As vértebras são conectadas entre si pelas articulações posteriores entre os corpos vertebrais e os arcos neurais. Elas se articulam de modo a conferir estabilidade e flexibilidade à coluna, atributos necessários para a mobilidade do tronco, postura, equilíbrio e suporte de peso,e em seu interior o canal vertebral, eixo central que contém a medula espinhal.

Os discos intervertebrais

Os discos intervertebrais se encontram em toda a coluna vertebral exceto entre a primeira e a segunda vértebra cervical. É importante conhecer sua estrutura e composição, pois permitirá uma melhor compreensão de suas funções. Os dois componentes básicos da estrutura do disco são o anel fibroso (parte externa) e o núcleo pulposo (parte interna). Eles formam uma articulação cartilaginosa

O núcleo pulposo é um gel que corresponde a 40-60% do disco e se compõe de 70-90% de água e proteoglicanos. O núcleo tem a capacidade de se deformar quando submetido a pressão, com participação nos mecanismos de absorção de choques e distribuição de forças, equilibrando tensões. O anel fibroso é composto por uma série de camadas de fibras colágenas dispostas de forma espiral, encapsulando o núcleo pulposo. Ele auxilia a estabilização da coluna, funcionando como um ligamento


Ligamentos


Todas as vértebras e discos são conectados entre si pelos ligamentos, sendo os principais: o longitudinal anterior, o amarelo, o interespinhal e supra-espinhal. Eles são compostos por uma faixa ampla de um tecido espesso, com suas fibras longitudinais distribuídas em várias camadas, sendo que as fibras mais profundas unem vértebras adjacentes( próximas) e as superficiais se estendem por duas a quatro vértebras. Entre suas funções: estabilizar, permitir o movimento da coluna e retorno à posição ereta ao flexionar a coluna,em decorrência de sua elasticidade. Nestas tarefas os ligamentos são auxiliados pelos tendões e músculos


Músculos


Os músculos da coluna vertebral desempenham importante função na manutenção de sua estabilidade, equilíbrio , movimentação dos membros e participam dos mecanismos de absorção dos impactos protegendo a coluna de grandes sobrecargas.Eles atuam na coluna vertebral integrados e em harmonia, porém é necessário compreender a função de cada grupo muscular e sua sincronia durante a realização dos diversos movimentos. Os músculos são divididos em grupos, com funções distintas de acordo com os segmentos da coluna em que estão situados. Entre as suas importantes funções, além da movimentação proporcionam estabilidade da coluna .Diversos músculos atuam, entre os quais os rotadores, interespinhosos e multifídeos


Medula espinhal

A medula espinhal encontra-se no interior do canal vertebral estendo-se do cérebro até a primeira vértebra lombar, podendo ocorrer variações anatômicas. Ela é parte essencial do sistema nervoso central. É envolvida por três membranas protetoras de dentro para fora:a pia-máter,a aracnóide e a dura-máter. A pia-máter e a aracnóide são separadas pelo espaço sub-aracnoideo, local onde transita o líquido cérebro-espinhal. A aracnóide termina no nível da segunda vértebra sacra. O espaço existente entre a dura-máter e a parede do canal vertebral é preenchido por gordura, tecido conectivo e plexo venoso, e é denominado de espaço peridural. As membranas que envolvem a medula alem de proteger o tecido nervoso permitem que os impulsos nervosos sejam transmitidos durante o movimento. A medula espinhal tem forma cilíndrica, com o diâmetro transverso maior do que o ântero-posterior .Ela tem duas dilatações: uma na região cervical formando o plexo braquial e outra na região lombar o plexo lombo sacro terminando no cone medular ao nível da segunda vértebra lombar. Abaixo dessa região as raízes nervosas lombares e sacras ocupam o canal vertebral, formando um conjunto conhecido como cauda eqüina. Nesta região encontra-se o filum terminale, uma estrutura fibrosa não nervosa, que é uma extensão da pia-máter e envolvida pela dura-máter, que se insere no cóccix.

Nervos espinhais

O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes, uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes) com seus corpos celulares situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitívas (aferentes), e seus corpos celulares situados no gânglio sensitivo da raiz dorsal. A fusão das raízes sensitiva e motora resulta no nervo espinhal. O nervo espinhal deixa o forame intervertebral e divide-se em ramo anterior (ventral) e posterior (dorsal). Entre suas funções inervar a pele, articulações posteriores, músculos da coluna, do tórax, do abdome e dos membros superiores e inferiores

http://www.portaldacoluna.com.br/conteudo.asp?IdMenu=1&IdSubMenu=1


31 de out. de 2011

O controle emocional através do Yoga







Do ponto de vista físico, é uma técnica imóvel, muito simples, mas que nos faz experienciar que a estabilidade e o controle do corpo físico e de nossas emoções e pensamentos são interativos. Em Prathanasana, equilibramo-nos em pé, imóveis, com todos os músculos relaxados, conseguimos o sempre desejado, mas difícil, controle emocional. Corpo e emoções, em equilíbrio e harmonizados, produzem serenidade e quietude nos pensamentos, numa vivência psicossomática agradabilíssima e encorajadora.

Desfrutando tranquilidade e alegria interior, passe a contemplar sua tênue respiração. Apenas observe. Não interfira, contemple a entrada e a saída de ar pelas narinas (entrando, saindo, entrando, saindo...). Procure manter a mente ali, sem deixá-la vagar... Mas para isso, de forma alguma, se zangue com ela, tentando forçá-la.

O simples e passivo embevecimento com o suave e livre fluir e refluir do hálito da vida, por certo o ajudará a descartar ansiedades, turbulências, estresses, inquietudes, aflições, conflitos interiores... É um maná psicossomático. Mas ainda poderá ser melhor e mais eficaz, acrescentando a técnica do mantra OM.
 
Professor Hermógenes
Do livro: Saúde na Terceira Idade
 
 
 
 

28 de out. de 2011

Natureza o combustível para a alma






Ficar em contato com a natureza faz com que as pessoas se sintam mais vivas.

E essa sensação de aumento da vitalidade está além dos efeitos energizantes da atividade física e de interação social, que são frequentemente associados com os passeios ao ar livre.

Esta é a principal conclusão de uma série de estudos publicados na edição de junho da revista científica Journal of Environmental Psychology.

"A natureza é combustível para a alma," afirma Richard Ryan, professor de psicologia da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. "Na maioria das vezes, quando nos sentimos esgotados procuramos por uma xícara de café, mas as pesquisas sugerem que uma forma melhor de se manter energizado é conectar-se com a natureza."

Os resultados, acrescenta Ryan, são importantes tanto para a saúde física quanto para a saúde mental.

"As pesquisas mostram que pessoas com um maior senso de vitalidade não apenas têm mais energia para as coisas que querem fazer, como também são mais resistentes a doenças físicas. Um dos caminhos para uma saúde melhor pode ser para passar mais tempo em ambientes naturais," diz ele.

Natureza e bem-estar

Nos últimos anos, numerosos estudos de psicologia experimental descobriram ligações entre o contato com a natureza e o aumento da energia e da sensação de bem-estar.

Por exemplo, pesquisas já mostraram que as pessoas que fazem excursões ao ar livre relatam sentirem-se mais vivas e que apenas a lembrança das experiências ao ar livre aumenta os sentimentos de felicidade e de saúde.

Outros estudos sugerem que estar em contato com a natureza ajuda a afastar os sentimentos de esgotamento e que 90 por cento das pessoas relatam um aumento de energia quando colocadas em atividades ao ar livre.

A presença da natureza teve um efeito de energização acima de simplesmente estar fora de um prédio ou de uma casa. Em outras palavras, concluem os autores, estar ao ar livre é vitalizante sobretudo por causa da presença da natureza.


http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=contato-natureza-bem-estar

26 de out. de 2011

Sorria por Benedicto Ferri de Barros






“Se alguém lhe sorri, sorria.
Acene, se alguém lhe acena.
Escute, se alguém lhe fala.
Se alguém lhe fala, responda.
Não deixe cartas em branco.
Responda os telefonemas.
Atenda a quem bate à porta.
Receba quem o procura.
Que o mundo que o rodeia penetre seu coração;
Que as flores lhe digam coisas,
As aves em si confiem,
Que as crianças o busquem,
E que cada homem o veja
Como se vê um irmão
E tanto amor se irradie
A sua volta e de volta
Inunde seu coração
Que cada um de seus dias,
Como se fosse este dia,
Reconstitua a alegria
Do dia da criação.
(Benedicto Ferri de Barros)

25 de out. de 2011

Os beneficios do Magnésio





O magnésio está envolvido em muitas reações enzimáticas, pois sua principal função está associada à ativação de inúmeras enzimas. De acordo com o Institute of Medicine (IOM), a ingestão dietética recomendada (RDA) de magnésio é de 400 mg para homens com idade maior ou igual a 19 anos e 310 mg para mulheres, também com idade superior a 19 anos. A deficiência de magnésio é relativamente comum no Brasil em função da população consumir uma dieta rica em alimentos industrializados e pobre em alimentos in natura que são importantes fontes desse mineral.

As principais fontes de magnésio são: aveia, arroz integral, tofu, milho, lentilhas, oleaginosas com destaque para pistache, avelãs e amêndoas, vegetais folhosos verdes escuros e semente de abóbora.


Magnésio x Depressão, Insônia e Hiperatividade
O magnésio é um mineral fundamental para a formação de serotonina, neurotransmissor relacionado à sensação de prazer, bem estar e regularização do sono. Na deficiência de magnésio é muito comum ocorrer alterações de humor levando a quadros de ansiedade, irritabilidade, nervosismo, hiperatividade e insônia. Além disso, a queda da produção de serotonina pode contribuir para um quadro de depressão.

Magnésio x Osteoporose

O magnésio é necessário à formação óssea, a deficiência deste nutriente é encontrada com freqüência em indivíduos com osteoporose. A deficiência de magnésio está relacionada à formação óssea inadequada, colaborando com a perda da massa óssea.

Magnésio x Doenças Cardiovasculares

O magnésio desempenha papel fundamental na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, pois atua inibindo a agregação plaquetária e promovendo relaxamento dos vasos sanguíneos, o que facilita o controle da pressão arterial.

Magnésio x Hipertensão Arterial

O magnésio participa da formação do óxido nítrico que apresenta ação vasodilatadora, promovendo diminuição da pressão arterial. A deficiência deste mineral reduz a ativação do óxido nítrico, o que conseqüentemente pode provocar aumento na pressão arterial.

O zumbido ininterrupto no ouvido também é um sintoma muito comum em hipertensos, pois o aumento da pressão arterial faz com que o fluxo sanguíneo se modifique provocando zumbido.

Magnésio x Diabetes Mellitus

A deficiência de magnésio está relacionada ao aumento da resistência periférica à ação da insulina, o que compromete o metabolismo da glicose.

Magnésio x Envelhecimento
A deficiência de magnésio leva a uma diminuição da multiplicação de células, o que está relacionado ao envelhecimento precoce.

Magnésio x Contração Muscular
O magnésio está relacionado não só a contração muscular no exercício físico, mas também a contração que envolve vários órgãos como o coração. Se a contração não ocorrer de forma adequada o funcionamento do órgão também será afetado negativamente.

A deficiência de magnésio também afeta a parte neuromuscular, um sintoma clássico de deficiência de magnésio é o tremor nos olhos. O formigamento exacerbado é resultado de déficit de magnésio e de vitaminas do complexo B.

Magnésio x Tensão Pré-Menstrual
Estudos apontam que a suplementação de magnésio, que normalmente é deficiente em mulheres com TPM, melhora sensivelmente o humor e os sintomas desagradáveis deste período.

Fonte: Thais Souza
Nutricionista da Rede Mundo Verde

24 de out. de 2011

As 4 leis do universo




Boa tarde, meus queridos seguidores,  li no Facebook as 4 leis, que achei legal compartilhar com vocês.


1ª Lei: “A pessoa que vem é a pessoa certa”.


Significa que ninguém está em nossa vida por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor estão interagindo conosco. Há sempre algo que nos faz aprender e avançar em cada situação.


2ª Lei: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido”.


Nada, nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter
sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…, talvez não teria acontecido se eu…”. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos alguma lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.


3ª Lei: “Toda vez que você iniciar é o momento certo”.

Tudo começa na hora certa: nem antes, nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é o momento em que as coisas acontecem.


4ª Lei: “Quando algo termina, acaba realmente”.

Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas foi para a nossa evolução, por isso, é melhor seguirmos em frente e nos enriquecermos com cada experiência.



20 de out. de 2011

Samadhi






POEMAS DE PARAMAHANSA YOGANANDA

Levantados os véus de luz e sombra,
Evaporada toda a bruma de tristeza,
Singrado para longe todo o amanhecer de alegria transitória,
Desvanecida a turva miragem dos sentidos.

Amor, ódio, saúde, doença, vida, morte:
Extinguiram-se estas sombras falsas na tela da dualidade.

A tempestade de maya serenou
Com a varinha mágica da intuição profunda.

Presente, passado, futuro, já não existem para mim,
Somente o Eu sempiterno, onifluente, Eu, em toda parte.

Planetas, estrelas, poeira de constelações, terra,
Erupções vulcânicas de cataclismos do juízo final,
A fornalha modeladora da criação,
Geleiras de silenciosos raios X, dilúvios de elétrons ardentes,
Pensamentos de todos os homens, pretéritos, presentes, Futuros,
Toda folhinha de grama, eu mesmo, a humanidade,
Cada partícula da poeira universal,
Raiva, ambição, bem, mal, salvação, luxúria,
Tudo assimilei, tudo transmutei
No vasto oceano de sangue de meu próprio Ser indiviso.

Júbilo em brasa, freqüentemente abanado pela meditação,
Cegando meus olhos marejados,
Explodiu em labaredas imortais de bem-aventurança,
Consumiu minhas lágrimas, meus limites, meu todo.

Tu és Eu, Eu sou Tu,
O Conhecer, o Conhecedor, o Conhecido, unificados!

Palpitação tranqüila, ininterrupta, paz sempre nova,
Eternamente viva.

Deleite transcendente a todas as expectativas da imaginação,
Beatitude do samadhi!

Nem estado inconsciente,
Nem clorofórmio mental sem regresso voluntário,
Samadhi amplia meu reino consciente
Para além dos limites de minha moldura mortal
Até a mais longínqua fronteira da eternidade,
Onde Eu, o Mar Cósmico,
Observo o pequeno ego flutuando em Mim.

Ouvem-se, dos átomos, murmúrios móveis;
A terra escura, montanhas, vales são líquidos em fusão!

Mares fluidos convertem-se em vapores de nebulosas!

Om sopra sobre os vapores, descortinando prodígios.

Mais além,
Oceanos desdobram-se revelados, elétrons cintilantes,
Até que ao último som do tambor cósmico,
Transfundem-se as luzes mais densas em raios eternos
De bem-aventurança que em tudo se infiltra.

Da alegria eu vim, para a alegria eu vivo, na sagrada alegria,
Dissolvo-me.

Oceano da mente; bebo todas as ondas da criação.

Os quatro véus do sólido, líquido, gasoso, e luminoso,
Levantados.

Eu, em tudo, penetro no Grande Eu.

Extintas para sempre as vacilantes, tremeluzentes sombras,
Das lembranças mortais:
Imaculado é meu céu mental – abaixo, à frente e bem acima;
Eternidade e Eu, um só raio unido.

Pequenina bolha de riso, eu,


Converti-me no próprio Mar da Alegria.
Copyright© Self Realization Fellowship. All Rights Reserved. Paramahansa Yogananda - (Portuguese)


17 de out. de 2011

Os 5 princípios do Reiki






Apenas por hoje :

1 – Não se zangue:
Quando você se irrita, ou quando foca a raiva em algum pensamento/pessoa/situação sua energia será direcionada para lá. Pense nisso!
É por isso que quando nos irritamos nossa energia é disperdiçada e perdemos nossa conexão com o pai e com o universo. Devemos lembrar também que toda a situação é um reflexo de causa e efeito criado por nós. A raiva é uma energia que desarmoniza e cria doenças no corpo. É de grande sabedoria e altamente benéfico aprender a transformar esta energia.


2 – Não se preocupe:
Confie! Acredite! O que acontecer sempre será o melhor.
Preocupar-se com o passado e com o futuro é inútil.


3 - Expresse sua gratidão:
Aceitar e agradecer tudo que possuímos.
Lembre-se : a energia está onde a mente está, por isso : Quando focamos no que não temos, a falta continuará; por outro lado, se mantivermos conscientes da abundância ao nosso redor e nos sentirmos gratos por ela, a abundância se manifestará.


4 - Seja honesto no trabalho :
A honestidade potencializa a qualidade de vida, assim, se trabalhamos honestamente, estaremos sendo verdadeiros com nós mesmos, estaremos em paz.

 
5 – Seja gentil e generoso com os outros:
Quando aceitamos os outros, sentimos o reflexo em nós . Cada pessoa, animal, planta e mineral está incluído no todo. Mostrar amor e respeito por todos os outros seres é amar e respeitar a nós mesmos. É amar a Deus que fez a todos a sua semelhança.





14 de out. de 2011

Mensagem do dia: Encontre-se






Encontre-se



Quando estiver perdido em seu próprio eu, pare e se encontre, medite, pois toda reposta está dentro da luz que existe em você.

A luz eterna da grande sabedoria está dentro de seu interior e nela repousa toda resposta às suas fraquezas.

Meditar é conduzir a mente ao Samadi eterno da sabedoria interior.



12 de out. de 2011

Adaptar-se aos demais...






Por Swami Dayananda Saraswati 

Vedanta é o ensino da realidade de si mesmo. Se apresenta na forma de uma inquirição através da qual se descobre o verdadeiro significado da palavra Eu, o Ser que permanece inalterado desde a infância à juventude e à velhice. Ela nos leva a descobrir que o Ser invariável é livre de qualquer forma de limitação.

Para reconhecer e possuir esta totalidade requer-se uma mente preparada. Para alguém com uma mente despreparada, Vedanta é como o cálculo avançado quando a pessoa ainda está aprendendo matemática básica. No Vedanta a mente preparada é aquela que tem, na medida relativa, o que se procura descobrir no sentido absoluto.

Se o Ser é contentamento absoluto, então a mente do candidato deve ser relativamente conteúdo. Se o eu é amor absoluto, então o buscador deve ser uma pessoa relativamente amorosa, uma pessoa que aceita alegremente as pessoas e as coisas como elas são.

Ganhar essa mente implica o reconhecimento da importância e a compreensão de certos valores e atitudes. Por exemplo, adaptar-se, acomodar-se aos outros é um desses valores. Na verdade, a raiva é devido à falta de se adaptar, acomodar-se.

Se você esperar que o mundo se conforme ao seu gosto, então é a sua própria expectativa que traz a raiva de você. A adaptação ou acomodação é um entendimento de que a outra pessoa se comporta como ele ou ela faz porque a pessoa não pode agir contrariamente a sua experiência.

Você não tem direito de esperar algo diferente de alguém apenas para que se adapte às suas necessidades.

Se você acha que tem o direito de pedir a alguém para mudar, então essa pessoa também tem o direito de lhe pedir para deixá-la viver como ele ou ela quer.

Na verdade, apenas adaptando-se, acomodando-se aos outros, permitindo-lhes ser o que eles são, você ganha uma relativa liberdade no seu dia-a-dia.

De muitas maneiras, todos interferem na vida de todo mundo. Todo mundo cria um efeito global por seus atos. Normalmente nós apenas olhamos para as coisas sob uma pequena perspectiva e encontramos a pessoa que estamos com uma grande raiva iminente antes de nós.

Em verdade, nunca estamos livres da influência de alguém ou de todas as forças no universo; nem podemos executar uma ação sem afetar todos os outros. Mesmo as nossas declarações afetam os outros. Portanto, nossa liberdade deve incluir o fato de que estamos todos interligados.

Mesmo o Swami não é livre. Um casal passou por mim quando estava em um zoológico e o homem comentou com sua parceira, "Olhe para esse aí." eu era o único com essa roupa estranha para ser olhado. Muitas vezes as pessoas fazem tais comentários.

Eu tento não perturbar as pessoas, mas parece que as minhas roupas, as vestes tradicionais de um renunciante, causam uma leve perturbação. Eu decidi e isso vai sem dúvida afetar outros. Se eu me sinto perturbado pelos comentários dos outros, então eu ganho tão somente a liberdade que eles me concedem.
No entanto, se eu inverter o processo, se eu der a liberdade aos outros para serem o que são, nessa medida, estou livre. Então, eu não discuto com eles. Minha liberdade é a liberdade que eu dou a eles para terem a sua opinião sobre mim, o que é diferente do fato. Assim, há benefícios sobre as pessoas se adaptarem, se acomodarem como elas são.

Se alguém faz um comentário sobre você, permita que o faça. Se o comentário não for verdadeiro, você geralmente tenta justificar suas ações e prova que ele estava errado. Se você é objetivo, você vai tentar ver se existe qualquer validade na crítica dele sobre você. Se ele o colocou para baixo para a sua própria segurança, lhe dê essa liberdade e então você está livre.

Qual aperto você pode fazer a um parafuso quando a rosca não estão lá? O mundo pode perturbá-lo apenas na medida em que você permitir que o mundo o perturbe. Você não permite que o mundo o perturbe se você der ao mundo a liberdade de fazer o que quer dentro da regra da sociedade. Ao mudar-se totalmente desta forma você ganha, de acordo com seu valor para se adaptar, acomodar-se, ao contentamento e a liberdade de uma forma relativa permanente.

Praticar essa adaptação, essa acomodação permite que você chegue a um acordo consigo mesmo, psicologicamente, com você mesmo como uma personalidade. Isso é o que chamamos de yoga sadhana. Olhar para trás para as situações, as pessoas e eventos que o perturbaram em sua vida.

Eles não são meras memórias, mas restos de reações e a reação não é algo que você faz conscientemente. Você não pode conscientemente ficar com raiva, porque a raiva não é uma ação, mas uma reação que ocorre com algo sobre o qual você não tem controle.

As reações criam um grande impacto em você e se tornam parte de sua psique. Elas são aspectos da personalidade de uma pessoa. Na verdade, elas são falsas, nascidas de uma falta de atenção da sua parte.

A lembrança em si não é desagradável. Os aborrecimentos estão em sua mente devido às reações e emoções persistentes, as quais se tornaram reais.

Portanto, lembre-se dessas pessoas e momentos que lhes causaram dor; pois talvez, você carregue a culpa por causa de alguma mágoa que causou ao outro. Ao sentar-se para a meditação recorde-se de todos eles e os deixe ser como eles são. Com paciência você se livra de todos os resíduos das reações.

Quando você olha para o céu azul e as estrelas ou os pássaros e as montanhas, você não tem queixas sobre eles e você está feliz. Você vê as pedras no leito do rio, elas não fizeram nada para agradá-lo. No entanto, você está feliz, porque você as aceita como elas são, e, portanto, você está satisfeito.

O rio flui do seu próprio jeito, não o incomoda, você não espera que a sua plenitude seja maior ou que flua para uma direção diferente. Na verdade, você procura os lugares naturais, porque eles não invocam a pessoa descontente, a raiva, a pessoa difícil de lidar que você parece ser.

Eles não disparam os sentimentos exigentes em você. Você é um com a situação, auto-complacente, sem a necessidade de o mundo fazer nada para agradá-lo.

Assim, você é uma pessoa satisfeita com referência a algumas coisas. E isso é o calço que você tem que criar em si mesmo. Quando você vai para as montanhas, as montanhas não fazem nada para agradar você, mas você acha que está agradando a si mesmo.

Veja o quanto satisfeito você pode ser e traga essa pessoa satisfeita para sustentar todas as situações e as pessoas que o tinham desagradado e a quem você tinha contrariado num momento ou outro. Em seguida, olhe para si mesmo como se olhasse para a natureza.

Aceite os outros como você aceita as estrelas. Ore por uma mudança; se você acha que você ou eles precisam mudar, faça o que puder para promover a mudança; mas, aceite os outros em primeiro lugar.

Somente desta forma você pode realmente mudar. Aceite os outros totalmente e você está livre, então você descobre o amor, que é você mesmo.

Om tat sat!



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