10 de nov. de 2011

Prof. Hermógenes - O que é Yoga?




Yoga é exatamente a viagem dos que, intoxicados de divertimento, acordados pelas abençoadas pancadas das vicissitudes, saudosos da ¨casa do Pai¨, já decisivamente convertidos, se tornaram aspirantes ao Eterno.Yoga é o caminho e o caminhar que conduzem a Deus.Yoguin é aquele que, tendo despertado visto a impermanência e a falência dos valores mundanos, seja cristã, hinduísta, budista, judeu, maometano..., está a caminho, pagando o preço dos desafios, das fadigas, das quedas, de todos os sacrifícios, mas sempre avançando sempre querendo chegar.


O YOGA AUTÊNTICO

Caro amigo.

Aqui estou para tentar responder bem a suas perguntas sobre o que é mesmo Yoga.
Para evitar polêmicas, evito defender ortodoxamente um ponto de vista particularmente meu. Sem contestar nem protestar, vou simplesmente transcrever com fidelidade escrituras sagradas e grandes sábios, que há milênios ensinaram Yoga à humanidade.

Se fossem minhas as explicações, poderia incorrer em erros e me sujeitaria a contestações e suspeitas, e, assim, não o ajudaria..

Peço ao leitor que afie a espada de seu discernimento, para que possa chegar a conclusões corretas. Tomara que tais autoridades sejam por nós entendidas e atendidas. Que falem as escrituras sagradas e os velhos Rishis. Que nos elucidem, para evitar opiniões aventureiras e, portanto, equivocadas.

Krishna, o Verbo Divino, na "Bhagavad Gita", o mais portentoso, completo e sábio evangelho do Yoga, explicou ao Príncipe Arjuna:

Livre de orgulho e de ilusão, já tendo dominado o mal do apego, pensando constantemente no Ser Supremo, tendo minimizado todos seus desejos, tendo-se refugiado na solidão, liberto dos opostos da existência tais como prazer e dor aquele que já não está mais iludido, atinge a Meta Eterna.(15.1) Permaneça firme em Yoga, Oh Dhananjaya(Arjuna); pratique suas ações, isento de apegos e mantendo eqüanimidade tanto quando bem sucedido como no malogro. Esta eqüanimidade é chamada Yoga. (2.48).

Aquele que nem odeia nem deseja pode ser reconhecido como alguém que constantemente pratica a renúncia, porque, liberto dos pares de opostos, Oh poderoso Arjuna, pode ser facilmente libertado do cativeiro.(5.2)

Aquele que trabalha deve fazê-lo sem ansiar pelos frutos da ação. É chamado sannyasi e é um yogui e não o é aquele que nem age nem mantém o fogo sagrado.

Fique sabendo que o que as escrituras e os sábios chamam renúncia é o mesmo que Yoga, Oh Pandava; porque ninguém que não tenha renunciado a seus desejos, pode tornar-se um Yogui.

Para um sábio que aspira atingir Yoga, agir é o meio adequado, no entanto, quando tenha atingido Yoga, o meio mais adequado passa a ser a serenidade.

Quando um homem já não tenha apego aos objetos dos sentidos ou à atividade, e quando tenha totalmente renunciado a seus quereres, pode-se dizer ter alcançado Yoga

Que o homem se liberte de si próprio, que não se degrade, porque ele é seu próprio amigo e também seu próprio inimigo. Para quem venceu a si mesmo, por si mesmo, seu próprio ser é um amigo, mas, para aquele que não se venceu, seu próprio ser lhe é hostil.

Aquele que se tenha vencido e, em sua mente, vive sereno, está permanentemente absorvido no Ser Supremo, não se altera tanto no calor como no frio, tanto no prazer como na dor, seja na honra, seja no opróbrio.

Merece ser chamado yogui firme aquele cujo coração, através do conhecimento e do apercebimento, permanece satisfeito, que, tendo vencido a sensualidade, nunca vacila e considera de igual valor um torrão de barro, uma pedra e um pedaço de ouro.

O homem que respeita igualmente os que lhe querem bem, os amigos e também os inimigos; os que são de suas relações ou os indiferentes, os imparciais e os maliciosos, e mesmo os virtuosos e pecadores é um yogui supremo.

Um yogui deve sempre tentar concentrar sua mente, retirar-se para lugar solitário e viver só, tendo vencido sua mente e seu corpo e se libertado dos desejos e das posses(6.1- 10)

Krishna continua a descrever nos versículos seguintes o que é o Yoga e o yogui e a conduta ética e espiritual adequada a alcançar a difícil união libertadora com Deus, com o Ser. A descrição acaba por quase desanimar seu interlocutor, o já muito virtuoso príncipe Arjuna. Imagine como me sinto eu, um simples mortal?! Arjuna manifestou então seu espanto e suas dificuldades, que também são nossas em maior grau:

... a mente, Oh Krishna, é inquieta, turbulenta, poderosa e obstinada. Controlá-la é tão difícil, me parece, como controlar o vento.(2.34)

Krishna respondeu:

Sem dúvida, poderoso Arjuna, a mente é inquieta e difícil de controlar, mas pela prática e pelo desapego, pode vir a ser aquietada.

Eu penso ser difícil alcançar Yoga para o homem que não conseguiu se controlar, mas Yoga pode ser atingido pelo que tenha conseguido se controlar e se empenha por obter meios apropriados(6.35 e 36)

Ainda não satisfeito, Arjuna volta a argumentar:

Um homem dotado de fé, mas sem serenidade, e cuja mente tem vagado longe do Yoga, que fim alcança. Oh Krishna, não tendo conseguido conquistar a perfeição em Yoga? Tendo fracassado na fé e no esforço para atingir o Yoga, desamparado de apoio e perdido no caminho para Brahman(Deus), Oh poderoso Krishna, ele não parece uma nuvem que se desfaz? Dissipe completamente esta minha dúvida, pois ninguém que não você pode extinguí-la(6.38 e 39).

Krishna dá uma resposta ainda mais tranqüilizante:

Oh Partha(Arjuna), não há destruição para um homem assim, nem neste nem no mundo seguinte; nem mal algum, meu filho, atinge o homem que pratica o bem(6.40)
E mais adiante completa:

Um yogui, se engajando diligentemente, é purificado de todos os pecados e, se tornando perfeito, através de muitos nascimentos, atinge a Meta Suprema. O yogui é maior que os homens que praticam árduas mortificações; é maior que os homens que agem indiferente aos frutos da ação. Torne-se, portanto, um yogui. E de todos os yoguis, aquele que me adora com fé, seu ser mais interno, reside em Mim...

Krishna, o "divino cocheiro do carro de nossas vidas", indiscutivelmente é a autoridade maior para prescrever o Yoga mais puro e apropriado a cada um.

Fixe em Mim sua mente. Coloque em Mim seu intelecto. Então daí por diante, portanto, você viverá, sem dúvida, somente em Mim"(Gita,12.8)

Isto é ainda o que entendo com "Yoga para quem pode", portanto, para muito poucos. Não me atrevo a me ver entre eles. E você? Krishna que está por dentro de nossas limitações e de nossos pensamentos, com muito amor fala diretamente para Arjuna e indiretamente para nós:

Se você também é incapaz de fixar em Mim sua mente, então, pelo Yoga da constante prática, procure chegar a Mim...(Gita, 12.9)

E, obstinado e misericordioso, insiste em ajudar-nos:

Se você é incapaz mesmo de praticar Abhyasa Yoga(Yoga da constante prática), então pratique suas ações em Meu proveito. Mesmo pela prática de suas ações em Meu proveito, você atingirá a perfeição.(12.10)

De compaixão em compaixão, Krishna segue sugerindo caminhos mais viáveis, embora sempre austeros como devem ser:

Se ainda assim, você é incapaz de fazer mesmo isto, então busque refúgio em Mim. Autocontrolado, renuncie aos frutos de todas as ações. O conhecimento é deveras, melhor que a prática. A meditação é melhor que o conhecimento. A renúncia aos frutos da ação é melhor que a meditação. A paz sucede imediatamente à renúncia.(12.11e12)

Há outros métodos ainda menos árduos e menos elitistas para conquistarmos meta suprema de nossas vidas aconchegar-nos nos braços amorosos do Pai.O canto de músicas religiosas, o serviço devocional, a auto-entrega, a oração inteligente, a repetição permanente do Nome de Deus,...são alguns procedimentos que nos ajudam na viagem que há de minimizar a grande distância e a grande diferença entre nós e Deus, distância e distinção que a ignorância impõe.

Como uma moderna disciplina do Yoga(Sadhana), Sai Baba nos aponta a "Educação dos Valores Humanos"(Educare), isto é, a cultura e o cultivo de cinco potenciais divinos que moram dentro de você, de mim, de todos. Os cinco valores, que a educação pode desenvolver, são:

Verdade ou veracidade; Retidão; Paz; Amor; e Não-violência.

Esta é o Yoga mais adequada aos que vivem agora, nesta "era negra", na Kali Yuga, dominada pela hipocrisia, pela desonestidade, pela guerra, pelo desamor e pela violência que parece insanável.

Felizmente, para a saúde física e mental, para nutrir-nos de bio-energia, e de tudo mais necessário ao bom condicionamento de nosso holos, contamos com a prática sistemática da Hatha Yoga. A Hatha Yoga, que embora pareça ginástica, é infinitamente mais e melhor, funciona como um b-a-bá, um curso de alfabetização, capaz de amparar no nobre caminho da ação(Karma Yoga), no doce caminho da devoção-amor(Bhakti Yoga), no difícil caminho da sabedoria, da vitória sobre a ignorância(Jnana Yoga), no problemático controle da mente(Raja Yoga) e de todos outras nobres formas de caminhar de volta a Deus, de libertar-nos das peias e penas do mundo material. Infelizmente quase todos a vêm como mera ginástica.

Que esta carta possa ajudar a um estudioso igual a você e também a todos quanto, empolgados pela onda, pelo modismo, desejem conhecer e praticar o verdadeiro Yoga de validade eterna, de alcance infinito.

Que todos abram os olhos, isto é, usem de discernimento para não vir a colher frustração.
Que não pratiquem asanas equivocadamente como ginástica ou malhação a serviço da conquista de poder e de prazer materiais, transformando Yoga em Bhoga. Vitórias, aquisições, bens, prestígio e prazeres de Bhoga são inevitavelmente falsos e efêmeras, segundo as escrituras e os Mestres..

Minha homenagem a todos os sinceros professores, pesquisadores e praticantes, que se dedicam ao estudo profundo desta ciência divina. Que Ishvara, o Deus dos yoguis, abençoe seus nobres esforços e seus transcendentes ideais
Fonte: http://www.profhermogenes.com.br/darma.htm

7 de nov. de 2011

Mantras: Entrevista com Pedro Kupfer




Para que servem os mantras?
Entrevista com Pedro Kupfer

1) Para que servem os mantras?

A palavra mantra significa em sânscrito “instrumento para o pensamento [adequado]” (man = pensamento, mente; tra = instrumento). Basicamente, um mantra é um som que tem um significado e tem como objetivo lembrar algo importante para o praticante. Esse som pode consistir em um monossílabo, como o mantra Om, uma frase curta, como Om Gam Ganapataye namah (“eu saúdo Ganesha, o deus-elefante”), ou uma estrofe de 24 sílabas, como é o caso do Gayatri mantra. O mantra pessoal é prescrito tradicionalmente por um mestre, em função da necessidade do praticante.

2) Como podemos usar os mantras na prática? Por exemplo, quantas vezes devemos fazê-los?
Tradicionalmente, um número razoável de repetições é 108. Para um mantra polissilábico como o Gayatri, por exemplo, isso significa uns 20 minutos por prática. No entanto, há práticas como o purashcharana, em que se fazem 1000 repetições diárias até completar 2.400.000 ao cabo de sete anos. Isso totaliza 100.000 repetições por cada uma das 24 sílabas do mantra.
Outra maneira de usar os mantras é associar a sua repetição mental com a respiração, como no caso do ajapa japa, técnica que consiste em acompanhar a observação da respiração com a mentalização do mantra so’ham.

3) O que precisamos fazer para entoá-los?

O Kularnava Tantra nos ensina que há três formas de fazer um mantra: mentalmente, murmurando, e em voz alta. Dessas maneiras, considera-se que o mantra murmurado seja mais poderoso que aquele feito em voz alta, e que o mantra feito mentalmente seja mais eficiente que o murmurado. No entanto, a mesma escritura nos aconselha a mudarmos de técnica quando percebermos que estamos perdendo a concentração ou quando estamos nos distraíndo, passando da repetição mental para a verbalização em voz alta ou vice-versa. É possível também associar o mantra com um yantra, um símbolo. Por exemplo, ao gayatri mantra corresponde o yantra do mesmo nome, que pode ser visualizado mantendo-se os olhos fechados ou focalizado com eles abertos durante a meditação.

4) Quais são os efeitos dos mantras?Os mantras têm a capacidade de servir como foco para que a mente se concentre. Ela tem a sua própria agenda e dificilmente pode ser controlada. Se você percebe esta dificuldade na sua meditação, isso significa que sua mente é totalmente normal. Respire aliviado, pois isso acontece com todo o mundo. Seu trabalho durante o mantra, consiste justamente em trazer incessantemente a mente de volta para o som do mantra e refletir sobre seu significado. Isso traz como conseqüência o aquietamento da mente. Essa paz mental não é um fim em si mesmo, mas um meio para conseguir o discernimento, para preparar-se para a libertação, moksha. Muito embora os mantras possam ser usados para relaxar, combater a ansiedade ou o estresse, esse fim não deve ser esquecido.

5) Como funcionam?
Conhecer o significado do seu mantra, se você tem um, é fundamental. Tem pessoas que afirmam que os mantras não tem significado, ou que saber o que o mantra quer dizer não é importante, para afastar a desconfiança dos cristãos, ou para apresentar a prática da meditação sobre eles como algo “científico”. Se o mantra foi especialmente escolhido para você, como é que ele não tem significado? Como posso confiar na eficiência desse mantra ou nas boas intenções de tais professores?
O Rudrayamala, um texto antigo de Yoga, diz: “Os mantras feitos sem a correspondente ideação são apenas um par de letras mecanicamente pronunciadas. Não produzirão nenhum fruto, mesmo se repetidas um bilhão de vezes.” Mantras sem significado não funcionam. Todo mantra sânscrito significa alguma coisa ou aponta para algum aspecto da realidade, adequada como tema de reflexão para cada praticante.

6) Por que cantá-los em sânscrito?
Na tradição hindu, os mantras são considerados Shruti, revelação. Isso significa que esses sons não foram criados por um autor humano, mas percebidos em estado de meditação pelos sábios da antigüidade, chamados rishis. Esses sons descrevem as diferentes revelações que estes sábios tiveram, e servem como indicadores para orientar os humanos em direção ao autoconhecimento. Por exemplo, os mahavakyas, as grandes afirmações da tradição dizem: aham Brahma’smi, “eu sou a Consciência do universo”, tat tvam asi, “tu és Isso (o Ser)”, etc.
A língua sânscrita é considerada uma língua revelada, portanto sagrada, assim como o aramaico, o hebraico ou o latim o são para a religião judaico-cristã. Como língua, o sânscrito tem a virtude de conseguir comunicar nuanças de significados muito sutis, e sua vibração sonora produz efeitos não somente na mente mas também, por resonância, nos corpos energético e material.

*Texto publicado originalmente na revista Prana Yoga Journal.
Visite o website da revista clicando aqui: www.eyoga.com.br.
**Imagem:. Atma Tattva

2 de nov. de 2011

A coluna vertebral

A flexibilidade é sua principal característica , pois as vértebras apresentam mobilidade entre si. A estabilidade é fornecida por sua estrutura ligamentar e osteomuscular.

Entre suas funções temos: proteção da medula espinhal, movimentação e marcha, manutenção da posição ereta, suporte do peso corporal e ligação de todas as suas regiões desde a occipital até o sacro. Apresenta 4 curvaturas fisiológicas que não ocorrem ao acaso: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacra.

A lordose cervical estende-se do atlas à segunda vértebra torácica, a cifose torácica da segunda vértebra torácica à décima segunda, e tem variações individuais. A lordose lombar é uma curvatura que se estende da décima segunda vértebra torácica até a transição lombosacra. A sua forma deve-se à adaptação às forças de carga e locomoção, que se inicia a partir do momento em que o indivíduo passa a deambular. A curvatura sacra, da articulação lombosacra ao cóccix e a sua concavidade anterior direciona-se para frente e para baixo.
Essas curvaturas têm para a coluna uma função muito especial: equilibrar e facilitar a distribuição do peso e das forças compressivas, impedindo a sobrecarga de áreas específicas. É simples, na ausência dessas curvas, a coluna seria igual a uma tábua, o que dificultaria a sua mobilidade. No plano frontal a coluna é reta, sendo que alguns desvios laterais discretos podem estar presentes.

Estrutura óssea
Os 33 corpos vertebrais constituem os principais pilares da coluna, todos eles com características próprias, sendo:7 cervicais, 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 4 coccígeos
Uma vértebra típica se constitui de um corpo, arcos, lâminas, pedículos, articulações posteriores e processos transversos e espinhoso. Cada vértebra tem sua estrutura uma fina camada externa de osso cortical e seu interior preenchido por osso esponjoso. A disposição e configuração dessas trabéculas ósseas é um fator importante para a sua resistência

As vértebras são conectadas entre si pelas articulações posteriores entre os corpos vertebrais e os arcos neurais. Elas se articulam de modo a conferir estabilidade e flexibilidade à coluna, atributos necessários para a mobilidade do tronco, postura, equilíbrio e suporte de peso,e em seu interior o canal vertebral, eixo central que contém a medula espinhal.

Os discos intervertebrais

Os discos intervertebrais se encontram em toda a coluna vertebral exceto entre a primeira e a segunda vértebra cervical. É importante conhecer sua estrutura e composição, pois permitirá uma melhor compreensão de suas funções. Os dois componentes básicos da estrutura do disco são o anel fibroso (parte externa) e o núcleo pulposo (parte interna). Eles formam uma articulação cartilaginosa

O núcleo pulposo é um gel que corresponde a 40-60% do disco e se compõe de 70-90% de água e proteoglicanos. O núcleo tem a capacidade de se deformar quando submetido a pressão, com participação nos mecanismos de absorção de choques e distribuição de forças, equilibrando tensões. O anel fibroso é composto por uma série de camadas de fibras colágenas dispostas de forma espiral, encapsulando o núcleo pulposo. Ele auxilia a estabilização da coluna, funcionando como um ligamento


Ligamentos


Todas as vértebras e discos são conectados entre si pelos ligamentos, sendo os principais: o longitudinal anterior, o amarelo, o interespinhal e supra-espinhal. Eles são compostos por uma faixa ampla de um tecido espesso, com suas fibras longitudinais distribuídas em várias camadas, sendo que as fibras mais profundas unem vértebras adjacentes( próximas) e as superficiais se estendem por duas a quatro vértebras. Entre suas funções: estabilizar, permitir o movimento da coluna e retorno à posição ereta ao flexionar a coluna,em decorrência de sua elasticidade. Nestas tarefas os ligamentos são auxiliados pelos tendões e músculos


Músculos


Os músculos da coluna vertebral desempenham importante função na manutenção de sua estabilidade, equilíbrio , movimentação dos membros e participam dos mecanismos de absorção dos impactos protegendo a coluna de grandes sobrecargas.Eles atuam na coluna vertebral integrados e em harmonia, porém é necessário compreender a função de cada grupo muscular e sua sincronia durante a realização dos diversos movimentos. Os músculos são divididos em grupos, com funções distintas de acordo com os segmentos da coluna em que estão situados. Entre as suas importantes funções, além da movimentação proporcionam estabilidade da coluna .Diversos músculos atuam, entre os quais os rotadores, interespinhosos e multifídeos


Medula espinhal

A medula espinhal encontra-se no interior do canal vertebral estendo-se do cérebro até a primeira vértebra lombar, podendo ocorrer variações anatômicas. Ela é parte essencial do sistema nervoso central. É envolvida por três membranas protetoras de dentro para fora:a pia-máter,a aracnóide e a dura-máter. A pia-máter e a aracnóide são separadas pelo espaço sub-aracnoideo, local onde transita o líquido cérebro-espinhal. A aracnóide termina no nível da segunda vértebra sacra. O espaço existente entre a dura-máter e a parede do canal vertebral é preenchido por gordura, tecido conectivo e plexo venoso, e é denominado de espaço peridural. As membranas que envolvem a medula alem de proteger o tecido nervoso permitem que os impulsos nervosos sejam transmitidos durante o movimento. A medula espinhal tem forma cilíndrica, com o diâmetro transverso maior do que o ântero-posterior .Ela tem duas dilatações: uma na região cervical formando o plexo braquial e outra na região lombar o plexo lombo sacro terminando no cone medular ao nível da segunda vértebra lombar. Abaixo dessa região as raízes nervosas lombares e sacras ocupam o canal vertebral, formando um conjunto conhecido como cauda eqüina. Nesta região encontra-se o filum terminale, uma estrutura fibrosa não nervosa, que é uma extensão da pia-máter e envolvida pela dura-máter, que se insere no cóccix.

Nervos espinhais

O nervo espinhal é formado pela fusão de duas raízes, uma ventral e outra dorsal. A raiz ventral possui apenas fibras motoras (eferentes) com seus corpos celulares situados na coluna anterior da substância cinzenta da medula. A raiz dorsal possui fibras sensitívas (aferentes), e seus corpos celulares situados no gânglio sensitivo da raiz dorsal. A fusão das raízes sensitiva e motora resulta no nervo espinhal. O nervo espinhal deixa o forame intervertebral e divide-se em ramo anterior (ventral) e posterior (dorsal). Entre suas funções inervar a pele, articulações posteriores, músculos da coluna, do tórax, do abdome e dos membros superiores e inferiores

http://www.portaldacoluna.com.br/conteudo.asp?IdMenu=1&IdSubMenu=1


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